Presídios federais passarão por pente-fino após fuga histórica em Mossoró
Novas medidas terão impacto direto em Pernambuco, onde funcionários da Força Penal atuam
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O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou na terça-feira, 20, reforço das medidas de segurança dos presídios federais, enquanto a Força-Tarefa segue na tentativa de recapturar fugitivos. Uma das medidas prevê revistas diárias em todas as celas, pátios e parlatórios das unidades.
Na semana passada, dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró fugiram da unidade após escalar uma luminária na cela, acessar o pátio e cortar o alambrado de proteção com um alicate.
Desde então, cerca de 600 agentes atuam nas operações para tentar recapturar os foragidos. São 300 a mais do número inicial. Essa é a primeira fuga da história do sistema prisional federal, criado em 2006.
As medidas adotadas internamente pelo MJSP determinam a realização de reparos na estrutura do presídio, como instalação de refletores em locais escuros e melhoria no sistema de câmeras.
O órgão ordena que seja feito um mapeamento para identificar a necessidade de instalar grades em locais que comportem dutos, sistemas de ventilação e sistema elétrico.
Após escalar a luminária, os fugitivos chegaram a um "shaft", um espaço onde fica a fiação e a tubulação do presídio, e dali acessaram o teto.
Haverá inspeções in loco das instalações hidráulicas e sanitárias; elétricas; do sistema de ventilação; do tratamento de esgoto e da estrutura de segurança contra incêndio.
Impacto em Pernambuco
A pasta definiu ainda que reforçará o efetivo das penitenciárias federais e, para isso, suspenderá outras missões dos servidores caso seja necessário. Parte dos funcionários atuam em serviços externos como o reforço, por exemplo, na Força Penal Nacional, que está em atividade em Pernambuco para cooperar com as penitenciárias locais.
O Secretário de Políticas Penais, André Garcia, voltou para Brasília nesta quarta-feira, 21, após passar uma semana em Mossoró acompanhando as buscas pelos foragidos. No fim de semana, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, também esteve na cidade potiguar.
A fuga dos criminosos gerou uma crise logo nos primeiros dias da gestão de Lewandowski à frente do ministério. A demora em recapturar os foragidos tem causado desconforto em integrantes da pasta. As investigações não descartam a possibilidade de que os fugitivos possam ter recebido ajuda externa para facilitar a fuga.
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