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Brasil

Por que bebês reborn podem ter preço tão alto?

De acordo com especialista, os custos de produção podem chegar a R$ 5 mil se estiverem o mais próximo do realismo devido a mão de obra manual


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As bebês reborn, bonecas hiper-realistas que imitam recém nascidos e têm se popularizado entre adultos, podem chegar a custar R$ 9,5 mil.

De acordo com Daniela Baccan, sócia da Alana Babys, loja e fabricante de bonecas de Campinas (SP), o método de produção é artesanal e algumas matérias primas são importadas e de alto valor.

Segundo a empresária, os custos de produção podem chegar a R$ 5 mil, como é o caso dos brinquedos mais realistas, feitos com silicone sólido que imita a pele humana, pelo de carneiro para o cabelo e até dispositivos que simulam batimento cardíaco e urina.

Soma-se a isso os valores da mão de obra, uma vez que as bonecas são feitas manualmente, e exigem um trabalho artístico de modelagem camada a camada.

Imagem ilustrativa da imagem Por que bebês reborn podem ter preço tão alto?
Boneca Bebê Reborn mais próxima do realismo. |  Foto: Divulgação
Bonecas bebê reborn são feitas artesanalmente e construídas camada a camada quando matéria prima é o silicone. Foto: Felipe Rau/Estadão

“Até mesmo as cores das bonecas são feitas em referência a recém-nascidos. Elas são mais rosadinhas, roxinhas, têm as veias aparecendo”, descreve Daniela.

“Muitas vezes (quem compra) é aquela mulher que sempre quis ter uma boneca quando criança, mas não pôde, e agora pode investir em uma de boa qualidade”, diz.

Mas há modelos mais baratos, a partir de R$ 750, feitos de vinil, material amplamente utilizado na fabricação de bonecas, e mais rígido.

“Essas são as mais compradas para crianças, até porque os modelos de silicone são sensíveis e demandam cuidado.”

Os modelos de silicone sólido, segundo a especialista, atraem mais colecionadores e profissionais e empresas da área da saúde, que compram as bonecas com objetivos educacionais, para simular partos e cuidados com recém-nascidos.

Polêmica nas redes sociais

O uso de bebês reborn por adultos tem esquentado as discussões nas redes sociais. De um lado, há quem critique e até questione a sanidade de mulheres adultas que supostamente têm tratado as bonecas como filhas “de verdade”.

Há relatos nas redes de pessoas que tentaram marcar consultas médicas para bebês reborn ou até contratar advogado para processo de guarda compartilhada, mas a reportagem não conseguiu confirmar se os casos são reais.

Outra parte dos internautas aponta um suposto viés machista nas críticas à moda. “Me recuso a entrar na pauta do bebê reborn porque, na minha concepção, se tem homem de 40 anos vestindo camiseta do superman e colecionando action figure, tá mais do que liberado brincar de boneca”, escreveu um usuário do X.

Segundo o psicólogo Marcelo Santos, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a popularização do brinquedo por adultos pode ter benefícios à saúde mental. Isso porque permite criar comunidades, favorece o senso de pertencimento e a interação social, além de estímulo criativo e relaxamento.

“Não dá para ‘patologizar’ (definir a prática como doença) automaticamente. É importante analisar quais os contextos e as motivações por trás desses comportamentos”, pondera.

O limite entre hobby e problema de saúde mental está na frequência, na intensidade, na distorção da realidade e no impacto na vida do indivíduo, segundo a psicóloga Rita Calegari, do Hospital Nove de Julho. É preciso saber separar o que é brincadeira da vida real.

Conforme Daniela, apesar do aumento de vendas para adultos nos últimos meses, a maioria das compras ainda são feitas para crianças. “Não vou dizer para você que não tem (mulheres que tratam como criança). Tem, mas não é a maioria. É uma minoria, que geralmente faz isso para chamar a atenção, vender boneca também“, diz a empresária.

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