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Brasil

Polícia indicia estrangeiros por favorecimento de exploração sexual em SP

O clube composto por "coaches de namoro", realizou uma festa em uma casa no Morumbi, no final de fevereiro, como um suposto curso de paquera


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Imagem ilustrativa da imagem Polícia indicia estrangeiros por favorecimento de exploração sexual em SP
A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) havia acionado a Polícia Federal para abrir uma investigação contra membros do grupo |  Foto: Reprodução/Canva

A Polícia Civil finalizou o inquérito e indiciou dois coaches americanos e um brasileiro por crime de favorecimento de exploração sexual mediante fraude em um curso sobre como conquistar mulheres em São Paulo. O crime que foi praticado na visão dos investidores envolve o artigo 228 do Código Penal e prevê pena de dois a cinco anos de prisão e multa.

A investigação foi concluída nesta sexta-feira, 30, e encaminhada ao Poder Judiciário. A polícia também pede a proibição de entrada dos coaches no Brasil. O Ministério Público e a Justiça irão se manifestar.

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A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) havia acionado a Polícia Federal para abrir uma investigação contra membros do grupo.

O clube composto por "coaches de namoro", realizou uma festa em uma casa no Morumbi, na zona sul da capital, no final de fevereiro, como um suposto curso com técnicas de conquista. Mulheres que estiveram no evento disseram à polícia que foram filmadas e fotografadas sem aviso e que não sabiam do curso. Entre as supostas vítimas e testemunhas, 17 pessoas foram ouvidas pelo 34º Distrito Policial (Vila Sônia).

O programa é liderado pelos autodenominados "mestres da arte de namorar". Eles afirmam viver nos Estados Unidos e se definem, respectivamente, como "coach de namoro" e "playboy internacional". Juntos, eles já levaram os "alunos" para aprender a ficar com mulheres de países como Colômbia, Chile, Costa Rica e Filipinas.

Segundo a polícia, o contrato de locação do imóvel onde a festa foi realizada foi assinado um brasileiro que também foi indiciado como suspeito de ajudar a dupla.

Após a Polícia Civil de São Paulo abrir inquérito, o grupo de estrangeiros removeu a maior parte de seu conteúdo online e tornou suas redes sociais privadas.

O MSC vende cursos que variam de aproximadamente R$ 21 mil a R$ 264 mil nos quais os tutores ensinam a "experienciar a vida, o namoro e conhecer mulheres" com base nas "experiências combinadas de 50 mil mulheres de 40 países diferentes".

O MSC promete ensinar "a confiança necessária" para "falar com mulheres em qualquer lugar, a qualquer momento", "converter encontros para o quarto no mesmo dia" e também "se aproximar de homens bem sucedidos em todo o mundo". O caso teve grande repercussão nas redes sociais com críticas ao evento e ao conteúdo do curso, que poderia incentivar práticas de turismo sexual.

Outro lado - o que dizem os citados

Após a repercussão do caso nas redes sociais, os integrantes do grupo gravaram uma live em que afirmam que foram vítimas da cultura do cancelamento no Brasil e que foram acusados falsamente de turismo sexual e tráfico humano e de promover prostituição. Procurada, as defesas não retornaram os contatos.

Em nota, a defesa do brasileiro informou que discorda "veementemente da imputação de participação criminosa". "A participação resume-se à intermediação do contrato de locação, uma vez que, o locador do imóvel exigiu que o contrato fosse assinado por um brasileiro, não sendo admitido a formalização do aluguel em questão por estrangeiro".

"Além da intermediação da locação do imóvel, ele, pelo fato de conhecer diversas pessoas na região de São Paulo, tão somente viabilizou a contratação de DJ’s e sistemas de som. À exceção das duas ocasiões acima retratadas, participou do evento apenas como convidado."

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