X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

'Perdi totalmente o meu controle', diz mulher que filmou polêmica em avião


Ouvir

Escute essa reportagem

Um vídeo de uma mulher sendo hostilizada em um avião após se recusar a ceder o seu assento a uma criança viralizou nas redes sociais na semana passada. O caso repercutiu nas redes sociais e afetou diretamente a vida das três mulheres envolvidas.

Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, a autora do vídeo, a nutricionista Eluciana Cardoso, se disse arrependida. Além dela, o programa ouviu as outras duas: a bancária Jeniffer Castro, que foi hostilizada dentro da aeronave - mas nas redes sociais ganhou mais de 2 milhões de seguidores -, e a mãe da criança, Aline Rizzo. Elas explicaram a dinâmica dos fatos.

"Peço desculpas pra Jeniffer, peço desculpas pra Aline, pro Arthur, pra família, pra minha filha. Peço desculpas pra mim, por eu achar que eu tinha sido forte naquele momento e não fui. Poderia ter evitado", disse Eluciana. "Eu tirei o celular e comecei a filmar ela. Naquele momento, eu perdi totalmente o meu controle, parecia que eu estava saindo do meu corpo, o meu coração estava com taquicardia", disse.

A mãe da criança, Aline Rizzo, contou dos ataques que passou a receber dentro e fora das redes sociais. "Eu estou sendo odiada, atacada, ameaçada, xingada, ofendida. Minha família, meus filhos. Eu estou na fila do banheiro e estou escutando as pessoas falando: 'que mãe ridícula', 'é por isso que essas crianças crescem e viram bandidos, viram marginais, porque são crianças sem limites'", disse.

Aline disse à jornalista Renata Ceribelli que viajava com mais sete pessoas, entre elas os seus três filhos. De acordo com ela, sua família foi a primeira a entrar no avião por conta do seu filho mais velho, que é cadeirante. Enquanto ela acomodava o primogênito em uma das poltronas da frente, o filho mais novo, de quatro anos, se sentou ao lado da avó, na poltrona que Jeniffer havia comprado.

"Eu entrei no avião, fui procurar o meu assento e, chegando lá, a criança estava no meu lugar. Aí eu falei: olha, esse é o meu assento", contou a Jeniffer. "Eu falo 'desculpa', vou retirar o meu filho. Eu retiro e ele até saiu de boa. Ele foi sentar comigo sem chorar ainda", disse Aline, explicando a dinâmica da situação.

Mãe e filho se sentaram na fileira oposta à de Jeniffer e a criança ficou na janela. Neste momento, segundo a mãe, o passageiro que estava ao lado da avó da criança, na mesma fileira da Jeniffer, perguntou se a bancária trocaria de lugar com ele, para que avó e neto viajassem juntos e a criança ficasse na janela. Jeniffer responde que não, que queria o assento dela, na janela.

"Quando a aeromoça fala para colocar os cintos para decolar, ele (a criança) fala, 'é meu sim, eu sentei primeiro, a moça que mandou eu sair, a moça que pegou o meu lugar' (ao escutar a conversa entre o homem e Jeniffer) e eu falo 'não, filho'. Aí ele começa (a chorar)", conta Aline.

Um burburinho teria começado entre passageiros do avião, reclamando da postura de Jeniffer por não ter aceitado trocar de assento com a criança e tê-la feito chorar. Nesse momento, Eluciana decide levantar de sua poltrona e ir até a Jeniffer pedir para que ela trocasse de assento com a criança.

"Estou gravando a sua cara porque você não tem empatia com as pessoas e isso é repugnante", afirma Eluciana no vídeo. "Se fosse com um adulto, até tudo bem, mas como uma criança?", diz. Um outro passageiro faz coro ao seu discurso.

"Eu levantei e fui lá, abordei a Jeniffer com toda a educação, não fui grossa com ela na abordagem, que não está gravada", conta a nutricionista. Jeniffer não quis trocar de assento. "Eu tenho uma filha, então eu não ia deixar ela fazer isso. Era um aprendizado para ela. Não é não", afirmou a bancária a Renata Ceribelli.

Após a recusa de Jeniffer, Eluciana decidiu filmá-la para expor a sua atitude nas redes sociais. Ela enviou o vídeo a sua filha de 23 anos, Marianna Cardoso, que postou a filmagem no Tiktok. "Eu não achei que ia viralizar, em momento nenhum, até porque minha conta só tinha 200 visualizações", afirmou a jovem, que apagou seu perfil após a polêmica.

Marianna disse ao Fantástico que tinha feito uma edição com emojis nos rostos das pessoas que estavam no avião, para que elas não pudessem ser identificadas, mas por algum motivo o efeito não foi publicado na rede social e ela só percebeu que o vídeo tinha sido compartilhado sem edição 8 horas depois, quando o caso já tinha ganhado grande alcance.

A atitude da passageira dona do assento, identificada posteriormente como Jeniffer Castro, foi aplaudida por grande parte dos internautas e ela, que era anônima, começou a ganhar milhares de seguidores no Instagram. "As pessoas precisam entender que ninguém é obrigado a atender aos desejos dos filhos dos outros. Se o assento é dela, ela tem o direito de não querer trocar", escreveu um usuário do Tiktok.

Os internautas começaram a chamar Jeniffer de "diva do avião" e elogiar a sua postura calma em meio às ofensas que recebia da mulher que filmou o vídeo. A bancária se manteve em silêncio e com fones de ouvido durante praticamente toda a confusão. Quando retrucou a mulher, falou em tom baixo. Não foi possível escutar o que ela disse. "Quando eu crescer, quero ser calma como essa mulher", escreveu uma internauta.

O manual aeronáutico brasileiro não permite trocas de assento a não ser por determinação da tripulação, que segue regras técnicas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para isso. Os passageiros podem até pedir trocas à tripulação, mas não é possível exigir que sejam atendidos ou os lugares exatos em que querem voar, a não ser que comprem o assento no site ou guichê da companhia aérea.

Crianças, assim como pessoas com deficiência que precisam de acompanhamento, como autistas de nível de suporte alto, devem obrigatoriamente se sentar acompanhadas do pai, mãe ou responsável. Mas o lugar específico, se na janela ou não, só pode ser escolhido mediante compra de assento.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: