X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

O que deve acontecer após o colapso de mina em Maceió

Especialistas dizem que ainda não é possível decretar o fim da emergência no local


Após o colapso, neste domingo (10), da mina 18 da Braskem, a expectativa de técnicos e autoridades é que a situação do terreno se estabilize sem maiores consequências para outras minas na região ou para os moradores de Maceió.

Especialistas dizem que ainda não é possível decretar o fim da emergência na mina. Com o rompimento de sua estrutura, a tendência é que ela seja preenchida por água e detritos, mas ainda há risco de um desabamento total.

Nessa hipótese, chamada de dolinamento, há risco de abertura de uma grande cratera no local da mina, que ampliaria a área do lago Mundaú. A professora Regla Toujaguez explica que isso ocorre quando o rompimento atinge todo o diâmetro da cavidade.

Nota técnica conjunta divulgada na quinta (7) pelas Defesa Civil municipal, estadual e nacional estima que o dolinamento afetaria uma área equivalente a três vezes a área da mina, que tem um tamanho parecido ao de um campo de futebol, segundo a Prefeitura de Maceió.

Nesse raio estão as instalações da Braskem à beira do lago Mundaú, parte delas já inundada pelo afundamento do solo neste domingo. "Pelos estudos e pela literatura, muito provavelmente a área atingida será na beira do lago", afirmou nesta segunda (11) o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL).

As instalações da Braskem ainda têm diversas máquinas e veículos, que estavam sendo usados nos trabalhos de preenchimento da mina e agora não podem ser retirados por razões de segurança. Em caso de dolinamento, poderão ser sugados para dentro do lago.

Os equipamentos de monitoramento da mina foram perdidos após o colapso. A Braskem disse neste domingo à ANM (Agência Nacional de Mineração) que está enviando para a área um novo DGPS (aparelho de alta precisão para detectar movimentações do solo).

"Assim que a área voltar a ser observada com a tecnologia apropriada será possível perceber se o solo continua em movimento e, nos próximos dias, com os estudos pertinentes, a dimensão do desastre", disse nesta segunda a Defesa Civil Municipal.

A partir desse monitoramento, acrescenta, será possível atestar "se o evento se tratou de um rompimento parcial, restrito ao trecho da Lagoa Mundaú, ou de um colapso".

"Reforçamos que o evento se concentrou na mina 18, sem vítimas, já que a área estava desocupada, e o monitoramento não indica comprometimento de minas próximas", afirmou o coordenador da Defesa Civil, Abelardo Nobre.

A área residencial adjacente já foi desocupada e as residências, demolidas. A nota técnica conjunta dizia que o sistema de monitoramento não apresentava anomalias em outras áreas adjacentes à da mina 18. Ao todo são 35 minas de exploração de sal-gema na região. "O risco em função do evento crítico em andamento não afeta outras áreas do município de Maceió", afirmava o texto.

Neste domingo, o prefeito reforçou que o dano foi localizado. "As pessoas que estão em outras áreas [da cidade] podem ficar tranquilas", disse.

Os possíveis impactos do colapso na mina se estendem à qualidade da água e à biodiversidade da lagoa, afetando a organização biológica e a paisagem do espaço, segundo Renato Lima, docente de geologia na USP (Universidade de São Paulo).

Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas passarão a fazer coleta da água a cada três dias para avaliar possíveis alterações na qualidade, principalmente pelo contato com a salmoura, que pode salinizar o ecossistema e provocar mortandade de animais.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: