Mulher é suspeita de manter prima em situação análoga à escravidão por 15 anos
A mulher levou a parente para passar um feriado com ela quando a garota tinha 12 anos e nunca devolveu a menina à família
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Uma empresária de 38 anos foi presa por suspeita de manter a prima, que é afilhada dela, em cárcere privado e situação análoga à escravidão por 15 anos em Teresina (PI).
A mulher levou a parente para passar um feriado com ela quando a garota tinha 12 anos e nunca devolveu a menina à família.
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Além de fazer serviço doméstico, a vítima não tinha permissão para sair de casa, podendo apenas levar os filhos da mulher à terapia e à escola.
A jovem conheceu o atual namorado em uma das saídas autorizadas pela mulher. Ele denunciou o caso à polícia.
A vítima, hoje com 27 anos, ganhou liberdade na segunda-feira (22) após ação policial.
A família da vítima, natural de Chapadinha (MA), não conseguiu retomar contato com a garota ao longo dos anos. A princípio, eles acreditavam que a então adolescente estaria estudando, mas, com o passar do tempo, descobriram a condição análoga à escravidão.
"Os pais da vítima são de baixa renda e possuem poucas instruções. A acusada, que é prima de 2º grau da jovem, trouxe a jovem para capital e, posteriormente, passou esconder informações sobre o paradeiro da moça", Odilo Sena, delegado do 6º DP de Teresina.
Agora, a jovem está abrigada na casa do namorado com a mãe em Teresina para passar por exames complementares de corpo de delito.
Ela também passará por uma avaliação psicológica e por sessões de terapia fornecidas voluntariamente por um psicólogo local. A expectativa é de que ela retorne para Chapadinha, a 250 quilômetros de Teresina, após passar pelos trâmites legais.
A suspeita, que está à disposição da Justiça, tem um histórico de tentativas de carreira política. Em 2018, ele tentou se eleger como deputada federal pelo Piauí, mas não conseguiu o cargo, ganhando somente 1,2 mil votos.
Em 2020, ela tentou o cargo de vereadora, mas teve a candidatura indeferida, segundo o Tribunal Regional Eleitoral. O UOL tenta identificar a defesa da suspeita, mas não recebeu retorno até o momento. O espaço permanece aberto para manifestação.
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