Morte no banco: motorista de aplicativo nega que idoso estava morto
Testemunha ajuda a reforçar a versão de Érika de Souza Vieira Nunes
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro ouve depoimentos sobre o caso da mulher que levou um idoso para pedir empréstimo em uma agência bancária e, após estranhamento dos funcionários sobre a aparência do homem, um médico constatou que ele estava morto.
O caso ocorreu na terça-feira, 16, em Bangu, zona oeste carioca. Funcionários do banco filmaram o momento em que Érika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, tentava fazer Braga assinar um empréstimo, mas ele parecia já estar morto. Ela chamava o idoso de "tio Paulo".
O Serviço de Atendimento Médico de Urgências (Samu) foi chamado, e um médico constatou a morte dele ainda na agência. Érika está detida desde a terça, e nesta quinta-feira, 18, passará por audiência de custódia.
Um homem que ajudou a colocar o idoso em um carro por aplicativo antes da chegada à agência disse em depoimento à polícia que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, "ainda respirava e tinha força nas mãos" quando foi colocado no veículo.
O condutor do veículo, por sua vez, declarou aos agentes que o idoso "chegou a segurar a porta do carro" ao descer. Os depoimentos corroboram a versão da defesa de Érika, de que o homem teria chegado vivo à agência bancária.
Na quarta-feira, 17, o motorista por aplicativo que foi chamado para buscar Braga e Erika, e um mototaxista que ajudou a colocar o idoso no carro, prestaram depoimentos à Polícia Civil.
O mototaxista disse que conhecia Braga e que foi chamado por Érika para ajudar a colocá-lo no carro por volta de 12h20. Na declaração, ele afirmou que, quando entrou na casa o idoso estava na cama.
Quando o segurou, disse o mototaxista à polícia, "ele ainda respirava e tinha força nas mãos".
O motorista do transporte por app chamado, por sua vez, afirmou que quando o idoso era retirado do veículo, no estacionamento de um shopping em Bangu, "ele (idoso) chegou a segurar a porta do carro". O condutor afirmou ainda não ter visto nada estranho durante a viagem.
O motorista informou à polícia que foi chamado à residência de Érika para realizar a corrida e que ficou esperando no carro. Segundo ele, a mulher pediu ajuda a um homem (o mototaxista) para colocar o idoso no veículo. De acordo com o condutor, eles entraram na casa e carregaram Braga até o carro.
As duas filhas da mulher também ajudaram.
Ainda segundo o relato, a mulher pediu que fossem até o estacionamento de um shopping em Bangu, próximo à agência. Lá, Érika foi até o subsolo pegar uma cadeira de rodas enquanto ele ficou conversando com um funcionário do shopping.
O motorista, então, desceu do carro para segurar a cadeira enquanto a mulher desembarcava Braga. Depois disso, ele foi embora.
Suspeita diz que empréstimo seria para TV e reforma
Érika Nunes disse em depoimento que o empréstimo que tentava fazer em nome do idoso tinha o objetivo de comprar um aparelho de TV e fazer uma reforma na casa de Braga. O empréstimo era no valor de R$ 17 mil.
A mulher foi presa após o serviço médico constatar na agência bancária que ele estava morto. A polícia acredita que ela tentava cometer uma fraude.
Ela foi detida na terça e levada para prestar depoimento na delegacia de Bangu, bairro onde está a agência bancária. Erika acabou autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver.
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