Major da PM é preso por "omissão" nos ataques a Brasília
O major preso é suspeito de ter orientado a dissolução da barreira montada no topo da rampa de acesso que faz a ligação entre o Congresso e o Supremo
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A Polícia Federal (PF) abriu na manhã desta terça-feira (23), a 12ª etapa da Operação Lesa Pátria - investigação sobre executores, financiadores, incitadores e organizadores dos atos golpistas de 8 de janeiro. Um dos alvos da ofensiva já foi detido, o major Flávio Silvestre de Alencar. Ele já havia sido preso na 5ª fase da Operação Lesa Pátria.
O Estadão apurou que a nova fase ostensiva apura suposta "omissão" ante a ofensiva antidemocrática que devastou as dependências dos três Poderes.
O major preso é suspeito de ter orientado a dissolução da barreira montada no topo da rampa de acesso que faz a ligação entre o Congresso e o Supremo, o que impedia o acesso dos extremistas à Praça dos Três Poderes. Após o bloqueio ser desfeito, os golpistas conseguiram marchar rumo à Corte máxima, devastando o Plenário do STF.
Agentes ainda cumprem quatro mandados de busca e apreensão no DF As medidas foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, relator das investigações sobre o levante de 8 de janeiro.
Inicialmente, a Polícia Federal divulgou que a ofensiva buscava cumprir duas ordens de prisão. Às 8h30, a corporação retificou a informação, apontando que somente cumpria um mandado de prisão.
Permanente, a Operação Lesa Pátria apura supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A 11ª fase da ofensiva mirou supostos financiadores do 8 de janeiro. No último dia 11, a PF vasculhou endereços de 22 investigados por supostamente bancarem os atos golpistas, entre eles empresários e produtores rurais.
Durante as diligências, os investigadores apreenderam um verdadeiro arsenal - cinco armas foram encontradas na casa de um só alvo, em Mato Grosso do Sul. Na residência de um investigado de Bauru, no interior paulista, a PF apreendeu R$ 48.850 e US$ 142.600 - o equivalente a R$ 704.444 mil.
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