Justiça mantém prisão de sócio do laboratório que fez testes de HIV
Sócio passou por audiência de custódia na terça-feira. Além dele, outros três funcionários do laboratório estão presos
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A Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão temporária de um dos sócios do laboratório de PCS Lab Saleme, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, investigado por emitir laudos errados que permitiram transplante de órgãos infectados pelo vírus HIV. O detido é médico ginecologista e passou por audiência de custódia nesta terça-feira (15).
Um técnico do laboratório e uma funcionária da empresa, também envolvidos no caso e que estão presos ainda não passaram pela audiência de custódia.
A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (16), um segundo técnico de laboratório, o quarto investigado pela emissão de laudos errados. Ele era o último foragido. Com isso, foram cumpridos todos os mandados de prisão da operação desta segunda-feira (14), expedidos a partir das investigações da polícia.
Dois doadores tiveram laudos errados para HIV assinados pelo laboratório, que era responsável pelas testagens antes que os órgãos fossem destinados a transplantes no estado do Rio de Janeiro. Os doadores foram considerados negativos quando na verdade eram positivos para o vírus. Por conta disso, seis pacientes que receberam os transplantes foram infectados com HIV.
Esclarecimento
O Conselho Regional de Farmácia do estado do Rio (CRF-RJ) divulgou nota informando que o laboratório PCS Lab Saleme não tem registro junto ao conselho. Conforme a entidade, o laboratório não tinha farmacêuticos registrados no conselho.
A nota diz que “a técnica em laboratório mencionada nas investigações possui inscrição ativa no CRF-RJ”.
De acordo com o conselho, a presidente em exercício, Luzimar Gualter, instaurou procedimentos internos. Caso sejam constatadas transgressões às normas sanitárias ou éticas, as penalidades poderão resultar na cassação definitiva do registro profissional.
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