X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

Debate digital: veja derrotas e vitórias do Governo Lula contra bolsonaristas

Foram coletados dados de algumas das principais redes sociais - X (ex-Twitter), Instagram, Facebook, YouTube, Reddit e Tumblr


Imagem ilustrativa da imagem Debate digital: veja derrotas e vitórias do Governo Lula contra bolsonaristas
O embate do presidente contra Campos Neto têm surtido efeito positivo no ambiente digital |  Foto: RAFAEL VIEIRA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Enquanto posicionamentos da oposição prevaleceram no debate digital em mais temas, como no veto às saidinhas, na alta do dólar e no leilão de arroz, argumentações favoráveis ao governo Lula (PT) predominaram em assuntos de grande repercussão como o PL Antiaborto por Estupro e a chamada "PEC das Praias".

Outro tema em que o governo saiu à frente foi no embate entre o presidente da República e o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto.

É o que mostra levantamento da Quaest, que coletou menções relacionadas a alguns dos principais assuntos que reverberaram no debate político digital nos últimos meses.

Episódios mais recentes e com maior nível de menção foram considerados

O recorte temporal varia para cada tema, tendo sido considerados os episódios mais recentes e com maior nível de menção sobre cada tópico.

Foram coletados dados de algumas das principais redes sociais - X (ex-Twitter), Instagram, Facebook, YouTube, Reddit e Tumblr- e sites de notícias até 2 de julho.

Das menções totais por tema, desconsiderando as postagens neutras,o restante foi classificado entre posições pró-governo e pró-oposição - conteúdos de veículos de imprensa são considerados neutros, não entrando em nenhuma das duas classificações.

Internet tem sido mais favorável a Lula do que ao presidente do Banco Central

Na pauta econômica, enquanto as menções mais específicas à alta do dólar (após falas de Lula a respeito) são mais negativas ao governo, o embate do presidente contra Campos Neto têm surtido efeito positivo no ambiente digital.

No período mais recente analisado pela Quaest, 78% das publicações ecoam o tom crítico de Lula à atuação do Banco Central, enquanto apenas 22% foram favoráveis à Campos Neto.

Considerando as menções desde julho de 2023 referentes ao tópico, que tem se repetido ao longo do tempo, o debate segue mais favorável ao governo, porém em percentual menor: 62%.

Os últimos picos se deram em 19 de junho e 2 de julho, após declarações de Lula, como na entrevista em que o petista criticou a taxa de juro e disse que Campos Neto "tem lado político" e "não demonstra nenhuma capacidade de autonomia".

Lula citou ainda jantar que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez em homenagem ao presidente da autoridade monetária no início de junho.

Fala do presidente contribuiu para salto do dólar

Já as menções referentes à subida do dólar abrangeram de 26 de junho até 2 de julho, período em que, segundo analistas, declarações de Lula teriam contribuído para o salto da cotação da moeda estrangeira. No debate digital, o governo saiu perdendo: com 68% de menções críticas.

Dois dos episódios que foram negativos para a oposição e favoráveis ao governo tiveram forte apelo e mobilização popular.

Tanto na chamada "PEC das Praias" quanto no PL Antiaborto por Estupro - citado nas redes como "PL do aborto" e também como "PL do estupro"- a repercussão forçou o Congresso Nacional a recuar.

Segundo dados da Quaest, em ambos os temas, as menções contrárias aos textos, encampados pela oposição, chegaram à casa dos 90%.

Flávio Bolsonaro se desgasta em defesa da privatização das praias

Em suas redes, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tentou, sem sucesso, afastar a pecha de privatização das praias da proposta da qual é relator.

A direita buscou também disseminar o argumento de ser favorável a penas mais duras para estupradores, mas não conseguiu reverter a visão negativa que acabou prevalecendo sobre o texto que equipara o aborto após 22 semanas de gestação a homicídio simples, mesmo nos casos em que o procedimento está previsto na Constituição.

Guilherme Russo, diretor de Inteligência da Quaest, destaca que apesar de em geral a oposição ganhar no campo dos costumes, o enquadramento dado ao PL relacionado ao aborto resultou numa vitória do campo progressista.

Já na economia, ele avalia que apesar de temas como a autonomia do Banco Central, parte do discurso de Lula (no sentido de que seu objetivo seria o de melhorar a economia e ajudar os mais pobres) contribui para explicar o apoio nas redes.

Leilão de arroz e saidinhas também entraram na análise

Os demais temas analisados, com variações nos percentuais, foram todos mais favoráveis à oposição do que ao governo - vários deles mobilizados por nomes do bolsonarismo nas redes, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Com 62% de menções críticas, o veto parcial de Lula na lei que acabou com as saídas temporárias de presos foi um deles, tendo passado das 440 mil citações.

A análise vai desde a data em que o presidente vetou trecho da nova lei, quando as críticas da oposição tiveram quase o dobro de volume em relação ao discurso pró-governo, até alguns dias depois de o Congresso derrubar o veto - momento em que o debate virtual foi equilibrado entre os dois lados.

A iniciativa do governo de promover um leilão para compra de arroz importado após as enchentes no Rio Grande do Sul gerou 301 mil menções desde a data em que foi publicada medida provisória autorizando a operação.

Os argumentos pró-governo, como o de evitar inflação e desabastecimento, não venceram as críticas, que corresponderam a 60% das menções, diante dos indícios de irregularidades do leilão, que acabou cancelado, e do atrito com o agronegócio.

Sobre queimadas no pantanal, Carla Zambelli puxou a vitória da oposição

Outro assunto que fustigou o governo, mas com menor volume, foram as queimadas no Pantanal, tema que começou a crescer nas redes no início de junho.

No período analisado, foram 74% de menções negativas. "Onde estão os 'defensores da natureza' na lacrosfera?", escreveu a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) em um post ao mencionar os incêndios.

Já o debate analisado sobre a PEC das Drogas, com 55% de menções favoráveis à PEC e 45%, críticas, abrange dois episódios recentes que voltaram a impulsionar o tema: o aval da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados para a proposta e o julgamento sobre a descriminalização da maconha pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Enquanto no Senado, aliados do presidente evitaram se posicionar sobre a PEC, na Câmara, o governo deve mudar de postura e atuar para frear o avanço da proposta, como mostrou a Folha.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: