X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

Conclave: quem é o cardeal espanhol que tem medo de ser papa, mas corre o risco de ser eleito?


Ouvir

Escute essa reportagem

O cardeal espanhol Cristóbal López Romero, arcebispo de Rabat, capital do Marrocos, ameaçou fugir do conclave caso seu nome apareça entre os favoritos para assumir a liderança da Igreja Católica. O espanhol, conhecido por ser defensor do diálogo inter-religioso e por permanecer ao lado dos imigrantes, não aparece na lista de 22 “papáveis” do Colégio dos Cardeais, mas é apontado por algumas casas de aposta como um azarão.

Em entrevista à emissora de TV espanhola, RTVE, Romero afirmou que desejar ser papa é sinal “de um problema na cabeça, psicológico, ou de um mal-estar no coração”.

“Se vejo o perigo de ser eleito no conclave, começo a fugir e só vão me encontrar na Sicília”, disse, arrancando risos dos jornalistas.

Imagem ilustrativa da imagem Conclave: quem é o cardeal espanhol que tem medo de ser papa, mas corre o risco de ser eleito?
O cardeal de Rabat, no Marrocos, Crisóbal López Romero: azarão no conclave. Foto: Romanuspontifex/Divulgação

Após deixar o tom irônico de lado, o espanhol de 72 anos comentou que renegar o trono papal não é uma opção para um cardeal eleito em um conclave. Mas explicou que não é algo que se aspira.

“É uma atitude diferente, é um serviço que só é realizado se solicitado, mas desejá-lo ou buscá-lo...não”, explicou o cardeal. “Isso não existe entre nós, mesmo que muitos se recusem a acreditar. Na política, aspirantes a líderes se declaram candidatos. Aqui na Igreja, ninguém faz isso.”

Algumas casas de apostas colocam o cardeal salesiano entre um dos cardeais que poderiam suceder o papa Francisco, principalmente por ter uma filosofia semelhante ao do pontífice argentino, sobretudo no que diz respeito à questão da migração e do diálogo com os muçulmanos. Mas López Romero defendeu que não tem “nenhuma ambição” e nunca se imaginou cumprindo tal função.

“O fato de eles mencionarem meu nome é, na verdade, um bom sinal: não terei que carregar esse fardo pesado”, avaliou o religioso, citando a máxima que costuma reger os conclaves, segundo a qual “quem entra papável, sai cardeal”.

López Romero tem uma extensa experiência internacional. Ele passou quase duas décadas no Paraguai e, de lá, se mudou para o Marrocos, onde dirigiu um centro de formação profissional entre 2003 e 2011. Ele então foi para a Bolívia, onde ficou por quatro anos, antes de voltar para a Espanha. Em 2017 ele foi nomeado arcebispo de Rabat pelo papa Francisco e, dois anos depois, foi elevado a cardeal.

López Romero não considera que a migração seja um problema, mas sim “a consequência de muitos problemas”, essencialmente pobreza, guerra, fome, mudanças climáticas, desigualdade. O cardeal já propôs, inclusive, a realização de um sínodo exclusivamente dedicado ao tema da migração, que, segundo ele, é um fenômeno que requer reflexão de toda a Igreja Católica.

Ele já expressou também preocupação com a falta de compaixão de alguns cristãos para com os imigrantes e outros grupos vulneráveis, e afirmou que sofre quando as pessoas, depois da missa, pedem a ele que “não envie mais migrantes do Marrocos”.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: