Capixaba é assassinada dentro de shopping em João Pessoa
Polícia diz que a mulher era gerente de um restaurante e teria sido morta por homem que queria uma vaga de emprego
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A capixaba Mayara Valéria de Barros Ramalho Leite, de 36 anos, foi assassinada na sexta-feira (12), por volta das 12 horas, enquanto trabalhava no Mangabeira Shopping, em João Pessoa, na Paraíba.
Ela era gerente de um restaurante no local e, segundo a polícia, foi morta por Luiz Carlos Rodrigues dos Santos, de 47 anos. Ele cometeu o crime após fazer uma entrevista de emprego e ficar revoltado por não obter resposta.
Para a reportagem de A Tribuna, o coronel Benevides Pessoa, comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar da Paraíba, informou que Luiz Carlos foi ao restaurante e pediu um prato. “Quando ela passou, ele tirou a arma da bolsa. A vítima viu, correu, ele foi atrás dela e atirou cinco vezes”.
Mayara foi atingida pelas costas, na axila direita e na perna direita. Ela foi levada para a enfermaria do shopping, o Samu foi acionado e esteve no local. Mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu.
Segundo o comandante, Luiz Carlos disse que há um mês e meio deixou um currículo no restaurante, e foi prometido que teria a resposta em uma semana. Como não teve retorno, alegou que se sentiu discriminado por ser pobre.
“Ele ligou diversas vezes para o restaurante, perguntando se tinham uma resposta. Descobriu o número pessoal da vítima. Ele disse que ela desligava, quando percebia que era ele”.
O coronel disse que a vítima e o acusado só se viram duas vezes: no dia em que ele foi deixar o currículo e no dia do crime. “Ele foi disposto a matá-la”. Após assassinar Mayara, o acusado retornou ao restaurante e fez duas pessoas reféns.
Um policial civil à paisana que estava na praça de alimentação começou a negociação para ele liberar os reféns até a chegada da PM, que fez a evacuação do shopping.
“Havia muita gente nas escadas de emergência e trancadas nas lojas. Quando o indivíduo percebeu a chegada da polícia, ele deu um tiro”, disse. Ninguém ficou ferido.
A PM entregou um celular para o acusado se comunicar melhor. Primeiro, ele liberou um refém, enquanto outro ficou com o revólver apontado para a cabeça e foi levado para a varanda do shopping. As negociações continuaram e ele liberou o segundo refém, colocou o celular e a arma no chão e foi preso. A negociação durou uma hora.
Vítima será enterrada na Serra
Mayara Valéria de Barros Ramalho Leite era da Serra e morava em João Pessoa há cerca de nove anos. Segundo relatos de uma cunhada ao Portal T5, a vítima sempre esteve envolvida no ramo de alimentação, trabalhando em lanchonetes de shopping, inclusive gerenciando um restaurante no Espírito Santo.
Há cerca de nove anos, ela decidiu se mudar após receber a proposta de gerenciar uma rede de lanchonetes na Paraíba.
Além de suas responsabilidades como gerente, Mayara atuava na aplicação de mega hair.
Segundo o Portal T5, a vítima era casada e deixa um filho de 10 anos, fruto de um relacionamento anterior, e uma menina de 4 anos, fruto do relacionamento atual.
Inicialmente, as informações no local eram de que a mulher estaria grávida, mas o marido dela negou a informação.
A polícia descarta a possibilidade de assalto ou tentativa de feminicídio.
A família de Mayara Valéria planeja realizar o translado do corpo para o Estado, e pretende realizar o enterro na Serra, segundo o portal de notícias.
O suspeito é paraibano, morador do bairro Valentina. Ele vai responder por tentativa de homicídio contra policiais e homicídio qualificado por motivo fútil.
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