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Brasil

Cadela de 5 anos morre durante transporte e família recebe corpo em isopor

Tutora optou por transporte terrestre por medo de enviar a cadela de avião, devido ao caso do cão Joca


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Imagem ilustrativa da imagem Cadela de 5 anos morre durante transporte e família recebe corpo em isopor
Cadela Gaia havia embarcado no dia 26 de junho em uma van que fazia o transporte de animais |  Foto: Reprodução/Instagram

Uma cadela de cinco anos morreu enquanto era transportada de São Luís para São Paulo. Tutores do animal acusam empresa responsável pelo transporte de negligência.

Tutores foram informados da morte da cachorra da raça Golden Retriever no dia 28 de junho. Cadela Gaia havia embarcado no dia 26 de junho em uma van que fazia o transporte de animais. Antes de chegar a São Paulo, o veículo iria passar por mais 11 estados porque estava transportando outros 18 animais.

Tutora optou por transporte terrestre por medo de enviar a cadela de avião, devido ao caso do cão Joca. Em abril deste ano, Joca morreu por choque cardiogênico, de acordo com laudo feito a pedido da Polícia Civil. A morte ocorreu após um erro no serviço de transporte de animais em uma aeronave da Gol.

Um dia após embarcar Gaia, em São Luís, tutores perceberam que havia algo errado. O rastreador mostrava que a van estava parada por várias horas. Família tentou contato com a empresa, mas não teve retorno. "Tudo parecia bem até a manhã do dia 28 de junho, quando fomos informados que o veículo estava quebrado no Pará", diz relato dos tutores nas redes sociais.

No mesmo dia, tutores foram informados que a cadela havia morrido. Por telefone, os responsáveis pela empresa de transporte de animais MooviPet não deram explicações do que teria acontecido. "Não deram nenhum detalhe sobre sua morte, muito menos atestado de óbito ou prontuário de atendimento em clínica veterinária".

O corpo de Gaia foi entregue à família dentro de uma caixa de isopor, enrolado num saco plástico. "Relutaram em enviar o corpo dela, sugerindo incinerá-lo ou até mesmo descartar pela estrada. Depois de muita insistência, o corpo de Gaia chegou a São Luís no dia 30 de junho, em um uber, e dentro de um isopor muito mal refrigerado, embalado num saco preto. Foi um choque total".

Tutores registraram boletim de ocorrência e aguardam laudo sobre a causa da morte do animal. "Até agora, a empresa não nos enviou nenhuma documentação, fotos ou vídeos da Gaia, nem um atestado de óbito. Não sabemos nem se realmente é ela que eles enviaram. A dor de não saber se realmente é ela é insuportável. As crianças da família estão inconsoláveis. Nossa Gaia merecia muito mais cuidado e respeito. Vamos lutar por justiça e alertar todos sobre a importância de escolher empresas de confiança para transportar nossos filhos de quatro patas".

A Polícia Civil do Maranhão informou que o caso é investigado pela Delegacia de Meio Ambiente. Os tutores do animal e a empresa responsável pelo transporte foram convocados para prestar mais esclarecimentos e identificar as circunstâncias do fato.

O QUE DIZ A MOOVIPET

Empresa responsável pelo transporte não informou o que aconteceu com Gaia. Em nota, a MooviPet esclareceu que, quando ocorre um óbito durante uma viagem, só é possível entender a causa da morte após o exame de necropsia. Nota diz que cadela foi levada a uma clínica veterinária.

MooviPet diz que preservou o corpo de Gaia e enviou o animal de volta ao local de origem. "Buscamos preservar o corpo da melhor forma possível, atendendo à solicitação da família para que fosse trazido de volta à cidade de origem. Gaia foi levada nas melhores condições disponíveis naquele momento, de acordo com os serviços locais disponíveis no horário (sábado de madrugada)".

Pronunciamento da empresa só será feito após a disponibilização do laudo pericial. A responsável pelo transporte também argumentou que, na maioria dos casos de óbito em viagens aéreas e terrestres, o problema é causado por um fator pré-existente, principalmente quando não há uma falha operacional.

Empresa diz que já transportou mais de 55 mil animais na modalidade rodoviária coletiva e que funcionários são treinados. "Durante as viagens, os animais estão em um veículo com controle de iluminação e temperatura, ouvindo música relaxante para se sentirem calmos e tranquilos. Eles recebem os cuidados de motoristas treinados como auxiliares veterinários e contam com suporte médico, atendendo a todas as normas que regulam o conforto e bem-estar dos animais".

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