X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

Brasileiro perdeu R$ 1,5 bilhão com golpes do Pix em 2023. Veja como se prevenir

Segundo a estimativa, a cada R$ 10 mil movimentados em pagamentos instantâneos, que incluem Pix e TED, R$ 7 tiveram fins fraudulentos


Imagem ilustrativa da imagem Brasileiro perdeu R$ 1,5 bilhão com golpes do Pix em 2023. Veja como se prevenir
Golpes do Pix fizeram brasileiros perderem R$ 1,5 bilhão |  Foto: Canva

Criminosos desviaram R$ 1,5 bilhão em golpes do Pix ao longo de 2023. A informação, divulgada nesta terça (6), é da empresa de pagamentos em tempo real ACI Worldwide.

Segundo a estimativa, a cada R$ 10 mil movimentados em pagamentos instantâneos, que incluem Pix e TED, R$ 7 tiveram fins fraudulentos. Para chegar ao resultado, a ACI, com auxílio da empresa de estatística Global Data, usou sua própria base de atendimento, que chega a 40% dos consumidores do país, para retirar uma amostra que representasse o universo de pagamentos instantâneos, que movimentou R$ 19,4 trilhões em 2023.

Os dados foram complementados por entrevistas com instituições financeiras.

O levantamento considera apenas os chamados golpes financeiros, em que o cliente é induzido a fazer a transferência para a conta do criminoso, usando as próprias credenciais. Fraudes que driblam a segurança dos bancos ficaram de fora dos cálculos.

No país, 27% dos golpes partiram de pedidos de pagamento antecipado por produtos ou serviços e 20% pediram transferência para compras de produtos. Sites e mensagens falsas são a principal isca para aplicar golpes, de acordo com o superintendente de inteligência em pagamentos da ACI, Cleber Martins.

Um exemplo disso é o recente golpe da taxa da blusinha, em que criminosos enviam uma mensagem solicitando um pagamento para liberar um produto comprado da China, supostamente preso nos Correios. O chamariz usado é a taxação imposta pelo governo aos produtos importados de marketplaces chineses.

Na sequência, vêm as ofertas de falsos investimentos, que respondem por 17% dos golpes, os pedidos de pagamento de dívidas em aberto (10%) e os chamados golpes do romance, em que o estelionatário finge manter um relacionamento íntimo com a vítima --são 7% dos casos. Outros 7% dos casos têm a ver com doação para causas, como a mobilização para reconstruir o Rio Grande do Sul.

Mais de 60% dos golpes envolvem transferências de menos de R$ 7.000, considerados pela ACI como valores módicos.

Na avaliação de Martins, os bancos brasileiros mantêm segurança apertada contra fraudes de maior monta. "Quem tenta comprar uma geladeira de R$ 20 mil por Pix normalmente vai receber uma ligação do banco perguntando se está tudo bem, e o cliente aceita essa restrição em nome da segurança."

Nos Estados Unidos, onde há menos vigilância sobre os hábitos do consumidor, R$ 232 a cada R$ 10 mil movimentados em pagamentos instantâneos têm destino fraudulento. Na Austrália, a fração fica em R$ 82 a cada R$ 10 mil.

Ainda assim, há uma tendência de alta para os prejuízos com golpes: a projeção é que as perdas ultrapassem os R$ 3 bilhões em 2027, de acordo com a ACI.

A adoção de inteligência artificial para analisar o comportamento do consumidor é o que há de mais avançado na proteção contra fraudes, de acordo com Martins. "O banco usa telemetria [dados de navegação, a partir de mouse, teclado e toques] do smartphone, do internet banking e até do caixa eletrônico, para detectar quando o cliente transmite um comportamento de urgência", explica Martins.

Os criminosos, segundo o especialista, transmitem uma sensação de urgência para que a vítima baixe sua guarda. "O sistema começa a criar sinais de risco a partir de uma análise da telemetria, do sinal da internet e do canal utilizado." Estão entre esses indícios pressa e erros incomuns.

Os bancos também observam padrões de atividade dos criminosos. Uma conta que, por exemplo, seja muito recente e tenha interesse em criptomoedas é suspeita.

VEJA COMO SE PREVENIR

 Sites e mensagens falsas

  • Os golpes de engenharia social, que partem de uma mensagem falsa para manipular a vítima, são a modalidade de crime patrimonial mais frequente na internet. Só no primeiro trimestre de 2024, a rede internacional APWG (Anti-Phishing Working Group) detectou quase 1 milhão de casos, que respondiam por 20% das fraudes registradas no período.
  • Os criminosos costumam se basear em tendências da internet, para se aproveitar do tráfego de usuários. A onda de estelionatos mais recente, de acordo com a empresa de cibersegurança Eset, consiste em mensagens falsas do Correios, para cobrar a recém-instituída taxa de importação, também chamada de taxa das blusinhas.
  • O enredo dos estelionatários inclui site falso, pedido de CPF para identificar a compra e uma versão genérica da trajetória do pacote, para dar ar de verossimilhança à história. No fim, os criminosos mostram a que vieram pedindo Pix para uma conta indicada.
  • Para evitar esse golpe, o consumidor deve estar ciente de que a única referência usada pelos Correios para localizar o pacote é o código de rastreio.
  • De acordo com Daniel Barbosa, da Eset, as pessoas também devem observar se os canais de contato adotados e os sites indicados na comunicação coincidem com os endereços oficiais.

Golpe do amor

  • O conhecido golpe do Tinder usa perfis falsos para atrair vítimas para sequestros-relâmpagos ou pedir transferências sob justificativas diversas.
  • Parte das contas falsas usa fotos furtadas de terceiros, e outra, imagens geradas por inteligência artificial.
  • A plataforma Social Catfish, especializada em reconhecer golpes que partem da paquera, recomenda que as pessoas façam buscas reversas para ver se há mais imagens da suposta pessoa na internet. Também é possível buscar por nome, telefone, email ou endereço.
  • Hoje, os três maiores apps de relacionamento (Tinder, Bumble e Grindr) usam moderação humana e inteligência artificial para identificar os fakes de IA. Tinder e Bumble também oferecem a opção de autenticar o próprio perfil, enviando uma foto tirada na hora, dentro do aplicativo.
  • Portanto, é mais recomendável manter contato com perfis verificados.

Investimento falso

  • Outro golpe comum nas redes sociais é o roubo de contas para divulgar falsos investimentos com retornos financeiros incríveis, tendo como base a credibilidade da pessoa cujo perfil fora tomado.
  • Para evitar cair nesses golpes, as pessoas, além de desconfiar de ofertas boas demais para ser verdade, precisam se atentar também a quem se fala. Buscar entender se o comportamento do interlocutor é coerente ou, caso o golpista se passe por representante de uma instituição, se o canal é oficial.
  • Em qualquer caso de golpe, as autoridades recomendam o registro de boletim de ocorrência.

No país, são duas leis que tipificam os delitos digitais: a Lei de Crimes Cibernéticos, mais conhecida como Lei Carolina Dieckmann; e, a lei 14.155 de 2021, que prevê o crime de invasão de dispositivo informático.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: