Após morte de torcedora, polícia e prefeitura reforçam esquema de segurança
Poder público afirma que fiscalização será mais rigorosa, e PM promete mais oficiais
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Cinco dias após a morte da torcedora Gabriella Anelli, atingida por pedaço de vidro no pescoço nos arredores do Allianz Parque, as autoridades anunciaram aumento no esquema de segurança.
Mais agentes municipais e policiais estarão próximos ao estádio para a partida desta quinta-feira (13), entre Palmeiras e São Paulo, pela Copa do Brasil.
A fiscalização também será reforçada para o cumprimento da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em um raio de 200 metros do local do jogo.
Gabriella foi atingida por pedaço de vidro, provavelmente de uma garrafa quebrada, durante confusão entre torcedores de Palmeiras e Flamengo, antes de partida no último sábado (08). Ela foi encaminhada para a Santa Casa de São Paulo, passou por cirurgia, mas teve duas paradas cardíacas e morreu.
A subprefeitura da Lapa, responsável pela região do Allianz, divulgou que bares e restaurantes que estejam em um raio de 200 metros da arena não podem vender bebidas alcoólicas. À reportagem, a Prefeitura de São Paulo disse que a subprefeitura "apenas reiterou" a norma decretada por lei de 1996.
Em dias de partidas na arena, vários bares costumavam vender álcool. Eles assinaram Termo de Ajuste de Conduta feito pelo Ministério Público comprometendo-se a não usar garrafas de vidro, apenas copos plásticos. A Polícia Militar ressalta que não teve participação na realização desse acordo.
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À TV Globo, a prefeitura informou que vai montar esquema com fiscais municipais para impedir a entrada de garrafas na região.
"A Secretaria Municipal de Segurança Urbana, por meio da Guarda Civil Metropolitana, atuará no patrulhamento do entorno do Allianz de forma preventiva, dentro das suas competências, mediante Procedimentos Operacionais Padrões (POPs) e Plano de Ação, na proteção dos agentes públicos, do patrimônio e na defesa da vida. O efetivo empregado nesta operação será de 36 GCMs em 12 viaturas", diz a gestão municipal.
Apesar de ser um jogo de torcida única, como tem sido os clássicos regionais em São Paulo desde 2016, a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública do Estado o consideram "de risco, devido à forte rivalidade entre as equipes". O policiamento será reforçado. Não foi divulgado o número de oficiais que será empregado.
A partida está marcada para às 20h e vale um vaga nas semifinais da Copa do Brasil.
"Nas imediações dos estádios, existe a presença de vendedores ambulantes. A fiscalização desse tipo de comércio é de competência das Prefeitura Municipal. Destarte, a Polícia Militar empenhará os recursos necessários para garantir a segurança e preservar a Ordem Pública, com planejamento prévio, uso de inteligência policial, policiamento preventivo e ostensivo, união de esforços e combatendo atos criminosos, como o que vitimou a jovem Gabriela Anelli", dizem a PM e a Secretaria de Segurança Pública.
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