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Brasil

Apagão em São Paulo chega a 60 horas com 500 mil imóveis às escuras

O problema ocorre desde a tempestade que atingiu a capital paulista na última sexta-feira


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Imagem ilustrativa da imagem Apagão em São Paulo chega a 60 horas com 500 mil imóveis às escuras
Estragos causados pela chuva em São Paulo |  Foto: Reprodução / SBT

Cerca de 500 mil endereços continuam sem energia elétrica em São Paulo nesta segunda-feira (6), segundo a Enel. O problema ocorre desde a tempestade que atingiu a capital paulista na última sexta (3).

Significa dizer que 500 mil imóveis - entre residências e comércios - enfrentam o primeiro dia útil da semana às escuras. Fato que tem gerado indignação em parte da população.

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Segundo a Enel, cerca de 2.000 funcionários trabalham 24 horas nas ruas e a previsão é de que nesta terça (6) o serviço deve ser restabelecido para a maioria dos consumidores.

Ainda de acordo com os dados mais recentes enviados à reportagem, o total de domicílios afetados em algum momento após a chuva chegou a 4,2 milhões em todo o estado. No domingo mais cedo, quando foi emitida a penúltima atualização, eram 4,1 milhões.

Desse total, 3,4 milhões já foram reestabelecidos, o que representa 81% do todo. Cerca de 800 mil domicílios em todo o estado ainda estão sem energia -e assim devem permanecer durante o início da segunda-feira.

O cenário culminou em uma reunião, marcada para esta segunda-feira, entre o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Sandoval Feitosa, representantes das distribuidoras de energia e do Executivo paulistano para "discutir ações futuras e medidas preventivas para deixar a rede de distribuição menos vulnerável aos eventos climáticos".

O temporal que alçou ao caos a maior cidade do país teve ventos que chegaram a 100 km/h. Até o domingo, agentes da administração ainda trabalhavam para reparar os danos.

O número de mortos em todo o estado chegou a sete, das quais duas na capital.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou, através do X – antigo Twitter -, as mortes registradas no estado. Na tarde de domingo, Tarcísio também afirmou, em publicação, que a falta de energia que ainda afeta parte do território paulista não prejudicou a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), cuja primeira fase ocorreu no dia em questão.

"Todas as escolas de São Paulo que recebem o Enem tiveram energia restabelecida e execução da prova acontece normalmente. Seguimos acompanhando a situação das pessoas que ainda não tiveram sua situação regularizada, em diálogo contínuo com o Ministério de Minas e Energia", declarou.

Alvo de críticas de paulistanos ensandecidos com a falta de energia, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse em entrevista ao "Bom dia SP", da TV Globo, que 12 creches e escolas de diferentes regiões estão sem funcionar pela falta de energia.

De acordo com o prefeito, o número de semáforos sem funcionar estão diminuindo.

"A gente tinha 652 semáforos sem funcionar. Nesse momento, atualizei, são 77, porque ainda estão sem energia, então você vai ver muitos semáforos apagados porque ele está sem a energia. Quando voltar a energia naquela localidade, volta a ser restabelecido", disse.

Ainda segundo Nunes, a prefeitura aguarda a Enel interromper a energia elétrica em algumas regiões para fazer a remoção de 125 árvores que atrapalham o restabelecimento do serviço.

O prefeito foi criticado, também, por ter ido à corrida de de Fórmula 1 em Interlagos neste domingo, em meio à crise do apagão na cidade.

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