X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

Aluno que viralizou como Ney Matogrosso sonha com os palcos: 'mudou tudo'

Sucesso nas redes o levou a ser notado por grandes nomes da cultura brasileira; veja vídeo


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Aluno que viralizou como Ney Matogrosso sonha com os palcos: 'mudou tudo'
Yago Savalla viralizou após se apresentar como Ney Matogrosso na escola |  Foto: Reprodução/Instagram

Antes de receber elogios de nomes como Ney Matogrosso, Fernanda Torres e Jesuíta Barbosa, o jovem Yago Savalla, 16, já fazia sucesso nos corredores da escola em Salvador, onde mora desde os oito anos. Filho de artista -a mãe foi dançarina nos anos 1990 e o avô, músico que tocou com Alcione-, ele aprendeu desde cedo a ver a arte como uma extensão de si mesmo.

"A arte sempre esteve comigo, já é de sangue praticamente", diz ao F5. "Eu danço Michael Jackson desde os seis anos. Sempre fui reconhecido por isso na escola, mas nunca tinha sido pelo público. E isso, para mim, mudou tudo. Finalmente."

Nascido em São Luís (MA), Yago começou a chamar atenção no colégio por imitar o Rei do Pop. Mas foi ao aceitar o desafio de encarnar Ney Matogrosso no projeto escolar "Indisciplinar de Humanos e Linguagens", em homenagem aos 125 anos da instituição, que ele virou fenômeno nacional.

Inicialmente escalado para representar os anos 1970 e 1980, ele hesitou em deixar o pop internacional de lado. "Michael é minha vida. E eu já fazia isso há muito tempo", diz. Mas a proposta da escola era valorizar a música brasileira e os movimentos culturais de resistência à ditadura. "No começo fiquei receoso. Nunca tinha dançado músicas de outra pessoa. Mas topei o desafio e mergulhei."

Durante dois meses, ele se dedicou a estudar Ney com afinco. "Assisti aos shows antigos, analisei as poses, vi o jeito como ele se comportava no palco. No meu quarto, pensava: 'o que o Ney faria aqui agora?' Quis realmente entender e estudar mesmo."

A repercussão veio em ondas. Incentivado pelos colegas, Yago postou o vídeo da apresentação no TikTok. "No começo achei que ia parar nas 200 mil visualizações. Mas em menos de três dias bateu um milhão. Foi muito rápido, nunca imaginei."

A viralização o levou a ser notado por grandes nomes da cultura brasileira. "O próprio Ney elogiou. Também recebi curtidas da Fernanda Torres, Bruna Marquezine, Lázaro Ramos, Glória Pires. E o Jesuíta Barbosa comentou também. Nunca imaginei que isso ia acontecer comigo", diz, ainda surpreso com a dimensão que sua performance ganhou.

O sucesso, segundo ele, reacendeu um sonho antigo: o de seguir carreira artística. "Desde pequeno eu sonho com isso. Sempre quis ser artista. Mas no nosso país é difícil fazer carreira com arte. Então, receber esse reconhecimento agora me dá gás para continuar. Vai melhorar, vai aumentar. Graças a Deus, deu tudo certo."

PROJETO DA ESCOLA

A apresentação que o levou a esse novo patamar nasceu de um projeto disciplinar já tradicional no Colégio Salesiano. Quem explica é o professor de História Igor Mascarinha, que leciona no ensino médio da escola desde 2017.

"Essa apresentação faz parte de um projeto famoso que acontece todos os anos. Não é uma festa junina, como muitos pensam. A cada edição, trabalhamos uma temática diferente. Desta vez, foram os 125 anos do Salesiano de Salvador", conta o educador.

"Dividimos as turmas por décadas da história brasileira, e os alunos precisaram conectar esses períodos a grandes nomes da cultura. O grupo de Yago ficou com os anos 1970 -e surgiu ali a figura do Ney, que foi absolutamente acertada."

Segundo Igor, além da performance, os estudantes também produziram periódicos, documentários e uma mostra fotográfica. O objetivo era estimular o pensamento crítico e o resgate histórico. "A escolha do Ney foi muito simbólica, porque ele é uma figura que vai de encontro a um regime ditatorial. Isso foi orientado em sala, para que os alunos entendessem o poder da arte em contextos de opressão."

Para o professor, a escola tem um papel importante nesse tipo de incentivo. "Trabalhamos aqui o desenvolvimento das múltiplas inteligências. Damos muito valor à arte, à cultura e ao esporte. Já tivemos ex-alunos que hoje são atletas olímpicos, cantores em musicais... É algo que faz parte da identidade da escola."

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: