X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

Acusado de ataque a creche em Blumenau é condenado a 220 anos de prisão

Quatro crianças não resistiram aos ferimentos e morreram no local, e outras quatro feridas foram encaminhadas ao Hospital Santo Antônio e tiveram alta


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Acusado de ataque a creche em Blumenau é condenado a 220 anos de prisão
Segundo a denúncia da Promotoria, o acusado chegou à creche de motocicleta, invadiu o local armado com duas armas brancas e iniciado o ataque |  Foto: Reprodução/SBT News

Depois de quase 11 horas de julgamento, o homem acusado de matar quatro crianças na creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau (SC) em abril de 2023 foi condenado a 220 anos de prisão na noite desta quinta-feira (29).

A pena soma as condenações por quatro homicídios e cinco tentativas de homicídio qualificados por motivo torpe, meio cruel, terem como vítimas menores de 14 anos e dificultar a defesa.

De acordo com comunicado do Ministério Público de Santa Catarina, que teve a denúncia aceita na totalidade pelo júri, o resultado foi o almejado pela promotoria.

"Buscamos a pena máxima que a legislação permite para que ele cumpra o máximo possível e, de fato, os jurados acolheram o nosso pedido", falou o promotor do caso, Guilherme Schmitt. A presença de júri fez parte do pedido da Promotoria.

Para o outro promotor de justiça, Rodrigo Andrade Viviani, "a pena aplicada de 220 anos de reclusão representa uma forma de se aplicar a justiça por um crime tão grave que comoveu nossa cidade, o país e a comunidade internacional".

No lado de fora do prédio, parentes das crianças e funcionários da creche protestaram pedindo justiça pela tragédia que aconteceu há quase 17 meses, na manhã de 5 de abril.

O sorteio dos sete jurados ocorreu em torno das 8h30. Pouco antes das 9h, os trabalhos começaram. Pela manhã, foram ouvidas quatro testemunhas de acusação, dentre elas a mãe de uma das vítimas.

Em seguida foi a vez da defesa, com uma testemunha e o próprio acusado, que falou por cerca de dez minutos.

À tarde, os promotores apresentaram os argumentos aos jurados, assim como a defesa do réu, apontada pela defensoria pública estadual. A juíza iniciou a leitura da condenação pouco antes das 19h.

O Ministério Público não divulgou o teor do depoimento do réu condenado nem o nome, seguindo o método adotado pelo órgão nos comunicados públicos. Segundo a instituição, o objetivo é evitar que a exposição de determinadas informações sobre crimes causem um "efeito contágio" indesejado.

A reportagem não teve acesso aos defensores do condenado pelo ataque.

Segundo a denúncia da Promotoria, o acusado chegou à creche de motocicleta, invadiu o local armado com duas armas brancas e iniciado o ataque.

As professoras do local pensaram que o homem era um assaltante e começaram a fechar portas e janelas, antes de perceber a gravidade da situação. Uma delas testemunhou no júri, e relatou sob lágrimas as ações que ela e outras professoras tomaram para socorrer as vítimas.

Quatro crianças não resistiram aos ferimentos e morreram no local, e outras quatro feridas foram encaminhadas ao Hospital Santo Antônio e tiveram alta no dia seguinte.

Logo após deixar o local, o acusado se dirigiu a um batalhão da Polícia Militar para se render. Preso em flagrante, aguardava julgamento desde a denúncia oficializada em 14 de abril de 2023. Pela investigação da Polícia Civil catarinense, o homem agiu sozinho, e não foi um ato coordenado.

Em abril deste ano, quando a tragédia completou um ano, foi instalado um comitê permanente para promoção de paz nas escolas em Santa Catarina, vinculado à Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) e formado por 27 instituições, incluindo forças de segurança, universidades, sindicatos, associações setoriais e o CRP (Conselho Regional de Psicologia).

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: