X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

1,6 milhão de mulheres podem ter tido fotos ou vídeos íntimos divulgados sem consentimento


Ouvir

Escute essa reportagem

Pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 10, aponta que 1,6 milhão de mulheres podem ter tido fotos ou vídeos íntimos divulgados na internet contra a sua vontade nos últimos 12 meses. O fenômeno, por vezes chamado de “pornografia de vingança”, expõe as vítimas à humilhação pública, danos emocionais e até consequências materiais, como perda de emprego ou ruptura de laços familiares.

Os dados estão presentes na quinta edição da pesquisa “Visível e Invisível: Vitimização de Meninas e Mulheres”, realizada de dois em dois anos. O principal objetivo do survey de vitimização é entender a violência contra mulher para além dos registros policiais.

Foram feitas entrevistas em 126 municípios, entre 10 e 14 do mês passado. Ao todo, 793 mulheres com 16 anos ou mais responderam a um questionário, de forma presencial, sobre formas de violência que possam ter experimentado ou presenciado ao longo dos 12 meses anteriores à coleta de dados – ou seja, entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.

A pergunta sobre a divulgação de fotos ou vídeos íntimos foi incluída pela primeira vez no questionário, e acabou surpreendendo os pesquisadores. “É um número muito mais elevado do que a gente imaginava, e com uma prevalência muito maior de mulheres jovens”, afirma Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Segundo ela, o número elevado acende dois alertas principais. “Um primeiro é em relação à dificuldade que é investigar casos como esse é punir. Por mais que a gente tenha legislação para tipificar isso criminalmente, depois que cai na internet, é difícil desaparecer com isso de lá”, afirma. Diante disso, ela reforça importância da capacitação específica de setores da polícia para identificação de autores.

Ao mesmo tempo, a pesquisadora aponta que também é fundamental falar sobre isso com jovens, seja em casa ou em ambientes escolares, para que eles próprios não acabem se expondo e dando amplo acesso a materiais íntimos. “Quando se olha o perfil das vítimas, há um porcentual muito elevado de mulheres nas faixas de 16 a 24 anos e de 25 para 34 anos”, afirma Samira.

O estudo divulgado nesta segunda-feira aponta que a divulgação não autorizada de imagens ou vídeos íntimos vai ao encontro do que já é criminalizado no art. 2018-C do Código Penal.

Conforme o artigo, “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de estupro” pode resultar em pena de reclusão de dois a cinco anos.

Entre outros achados, a pesquisa apontou que ao menos 21,4 milhões de mulheres brasileiras, ou 37,5% da população feminina com 16 anos ou mais, foram vítimas de algum tipo de violência no último ano. Entre as formas mais frequentes, estão humilhações verbais e agressões físicas, como batidas, chutes ou empurrões.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: