X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

A Tribuna na Escola

Atividades complementares


As oportunidades que a vida moderna oferece hoje para as famílias fazem com que a grande maioria dos pais comece a criar, cada vez mais cedo, agendas intensas com atividades e compromissos para seus filhos. Percebemos, muitas vezes, certa ansiedade dos pais que querem preencher, o quanto antes, todo o tempo livre dos filhos. A intenção é sempre a melhor possível. Num mundo conectado e altamente competitivo, há pais com receio de que seus filhos fiquem em desvantagem em relação a outras crianças se não tiverem acesso aos conservatórios de música, aulas de gastronomia e robótica ou outras atividades intelectuais, artísticas e esportivas. O resultado disso pode ser desastroso: crianças com uma agenda sobrecarregada, capaz de gerar um stress emocional que mais paralisa do que ativa sua capacidade de se apropriar do mundo que a cerca.

Não é o caso aqui de condenar as atividades complementares, longe disso. O que precisamos colocar em discussão é o verdadeiro papel dessas atividades na formação das crianças e jovens. Se bem dosadas, essas atividades podem, inclusive, mudar o futuro de um indivíduo, ajudando-o a descobrir talentos que nem sempre a escola consegue dar a devida atenção, em virtude do tempo que dispõe. Vale lembrar aqui que boa parte dos países do mundo investe na educação básica de período integral. Isso também reforça o fato de que fazer aulas para além do currículo escolar regular, dentro ou fora da escola, é uma forma de aprimorar as diferentes competências das crianças, facilitando o trabalho de autoconhecimento e de escolha da carreira, no futuro.

Para que essas aulas extras não demandem apenas dinheiro e tempo de pais e filhos, e tragam benefícios concretos, é preciso tomar alguns cuidados na hora de definir o curso ou atividade, levando em conta o perfil da criança. Não basta apenas escolher para o seu filho o esporte da moda ou aquela atividade que o melhor amigo dele está fazendo ou, pior, aquela cujos horários sejam mais convenientes para nós, adultos. É comum vermos pais em busca de completar a agenda dos filhos com a intenção apenas de preencher os dias da criança a fim de ocupá-las. E desculpa mais ouvida é a de “aproveitar” bem o tempo. E aí, acabam definindo de forma aleatória o que a criança ou o adolescente vai fazer. Ao escolher o que eles vão praticar enquanto não estiverem na escola, a prioridade dos pais deve ser responder à seguinte pergunta: quais os verdadeiros interesses do meu filho? A principal parte interessada nessa história é a criança - e, por isso, ela deve ser considerada e co-responsabilizada nessa escolha.

É preciso prestar atenção na criança, incluindo seus interesses e necessidades na definição da sua agenda semanal. Somente assim ela poderá ser cobrada pelas suas responsabilidades e entregas. Observamos com frequência que, quando permitimos que elas participem das escolhas, há um envolvimento maior e um melhor aproveitamento. O que acaba criando oportunidades reais de desenvolvimento de habilidades que poderão fazer a diferença no futuro pessoal e profissional desse estudante. Por fim, para definir uma agenda de atividades extracurriculares é preciso ter em mente que a diferença entre o remédio e o veneno é somente a dosagem! Se, nem mesmo nós, adultos, conseguimos lidar bem com uma agenda sobrecarregada, que dirá crianças que precisam, entre outras coisas, continuar a serem crianças. Com tempo livre para o cultivo da curiosidade, das descobertas e do descanso necessário para o crescimento saudável. Portanto, escolha junto com o seu filho o que ele irá fazer ao longo do ano, garantindo uma agenda e rotina que o permita aprender e evoluir mas também brincar e encarar a vida com a leveza e encantamento essenciais para essa fase da existência.

Acedriana Vicente Sandi é diretora pedagógica da Editora Positivo.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: