Pernambuco tem crescimento econômico de 4,7%, o maior desde a gestão Eduardo Campos
Estado também superou média nacional, que foi de 3,8%, acima de estados como São Paulo e Bahia
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Pernambuco registrou, em 2024, o maior crescimento econômico dos últimos 15 anos, com uma taxa de 4,7% em relação a 2023, segundo dados do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Banco Central (BC). O resultado supera a média nacional, que foi de 3,8%, e coloca o Estado à frente de outras unidades da federação, como São Paulo, Goiás e Bahia.
O levantamento, que calcula uma estimativa do Produto Interno Bruto (PIB), inclui dados de outros nove estados: Santa Catarina, Pará, Ceará, Amazonas, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
No ano de 2011, no então governo de Eduardo Campos (falecido em 13 de agosto de 2014), o Estado havia registrado a expansão do PIB de 4,5%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só retomando nível semelhante no ano passado, 15 anos depois.
Para a governadora Raquel Lyra, o crescimento reflete "uma mudança de direção" na economia pernambucana. Segundo ela, "a atração de novos empreendimentos e o fortalecimento do ambiente de negócios" têm sido prioridades desde o início da gestão.
“Esses números mostram a virada de chave que Pernambuco está passando desde o início da nossa gestão. Temos muito ainda a avançar, e o que mais me deixa feliz é saber que o melhor ainda está por vir Raquel Lyra, Governadora de Pernambuco
A gestão pública também teve papel fundamental no desempenho econômico, de acordo com o secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, Fabrício Marques. Ele destaca que a administração pública representa "quase 25% do PIB estadual" e que medidas como "a retomada do investimento público e o fortalecimento fiscal dos municípios" contribuíram para o resultado.
“Esse crescimento histórico foi puxado pela consolidação da gestão da governadora Raquel Lyra com a retomada do investimento público e o fortalecimento fiscal dos municípios, esse último sendo possível graças à redistribuição do ICMS proposta pelo governo e aprovada na Alepe, possibilitando que as prefeituras pudessem investir mais, aquecendo a economia”, afirmou o secretário.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, ressaltou a geração de um ambiente de negócios favorável a esse crescimento.
"Esse resultado reflete o esforço contínuo da gestão da governadora Raquel Lyra em criar um ambiente de negócios favorável, aliado a investimentos públicos robustos em infraestrutura, que têm sido fundamentais para impulsionar a economia do estado”, afirmou.

Segundo o governo, em 2024, todos os segmentos da economia estadual apresentaram expansão superior à média do país.
Embora o setor de serviços tradicionalmente exerça maior influência no PIB pernambucano, a agropecuária se destacou com um crescimento de 11,3% no último ano, impulsionado pela diversificação da produção agrícola.
O setor de serviços registrou um aumento de 4,4%, superando o índice nacional de 3,1%, enquanto a indústria cresceu 4,6%, quase 1% acima do desempenho brasileiro, que foi de 3,7%.
O polo automotivo de Goiana contribuiu positivamente para o setor industrial, com a fabricação de veículos automotores apresentando um crescimento de 9,9%, mas a produção de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, liderou o crescimento com um aumento de 17,2%.
O comércio também expandiu 5,4%, ultrapassando a média nacional de 4,7%. A taxa de expansão da atividade econômica do Estado, medida tanto por institutos de pesquisa estaduais quanto pelo Banco Central, posiciona Pernambuco entre os estados com melhor performance no país."
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