X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Acelera Empreendedor

Mulheres que trocaram a carreira por um sonho

Profissionais deixam para trás carreiras estáveis e arriscam tudo na busca pelo sucesso com o próprio negócio. E conseguem!


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Mulheres que trocaram a carreira por um sonho
Rayssa é química e tinha emprego em uma multinacional. Resolveu mudar de área, criar roupas fitness e hoje sua empresa fatura R$ 5,5 milhões por ano. |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Criar o próprio negócio não é um movimento fácil. Exige dedicação, coragem, determinação. E há profissionais com carreiras estáveis que resolveram largar tudo para correr atrás do sonho e alcançaram o tão almejado sucesso.   

A química Rayssa Thebaldi, 33, fez isso. Ela tinha um emprego estável em uma multinacional e o sonho de ganhar R$ 5 mil por mês. Mas, não tinha perspectivas de crescer mais na empresa e viu no empreendedorismo sua chance. 

Ela tentou empreender por duas vezes, em sociedade. As duas deram errado, mas não desistiu. Não era mais a mesma. Na bagagem, levava aprendizado com os acertos e erros cometidos anteriormente. 

Com um investimento de R$800, começou a criar peças de roupas fitness femininas, desenhando, comprando tecidos e enviando para costureiras produzirem, dando vida a sua marca.

 "Eu trabalhava na empresa por escala. Na minha folga,  ia com a minha malinha na casa das clientes para mostrar os produtos", contou. Depois de oito anos, saiu emprego, para se dedicar ao próprio negócio. 

"Quando saí da mineradora, já tinha uma clientela", revelou. Com o dinheiro da rescisão, investiu em um espaço para mostrar as roupas para as clientes, o que fazia em sua própria casa. 

"Percebi que o tempo que eu demorava para atender uma pessoa presencialmente, atendia  cinco online. Decidi que não queria loja física", argumentou a dona da Água Azul. 

Ela resolveu apostar no site e agora a estimativa é que feche este ano com faturamento de R$ 5.5 milhões. "O meu sonho era ganhar R$ 5 mil, mas não parei por aí. Quando você atinge sua meta, mas se apaixona pelo processo, o dinheiro não é mais o destino final".

Já as irmãs Renata e Lívia Nogueira saíram do emprego para se dedicar a própria marca de acessórios femininos. 

O professor da Fucape Bruno Felix lembrou que grandes oportunidades de ganho envolvem risco. Já o professor da Faesa Herique Hamerski destacou que empreender envolve assumir riscos calculados.

“Perrengues valeram a pena”

Imagem ilustrativa da imagem Mulheres que trocaram a carreira por um sonho
Renata e Lívia têm hoje uma fábrica e três lojas, com 19 colaboradores |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Nascidas na Bahia, as irmãs Renata e Lívia Nogueira vieram para o Espírito Santo em busca de melhores condições de vida. Aqui, conseguiram um trabalho em loja de departamento e começaram a fazer faculdade. 

"Eu trabalhava como visual merchandising. Cuidava de toda a parte estética da loja. O que aprendi lá me ajudou a evoluir", contou Renata. Paralelamente, as irmãs começaram a criar as primeiras peças de acessórios femininos. 

 "Começamos a vender para os nossos amigos de faculdade, do trabalho. Temos até hoje nossa malinha, que usávamos quando saímos de ônibus para vender os acessórisos. Nossa relíquia", contou. 

"A gente teve uma infância de muitas privações e precisávamos conquistar nossas coisas. Era um grande sonho. Quantas vezes viramos a noite trabalhando, enfrentamos muitos perrengues, mas valeu muito a pena", lembrou Renata. 

A casa delas virou a fábrica. “O nosso primeiro investimento em couro foi R$500", lembrou. Renata saiu do emprego para se dedicar ao negócio. Depois foi a vez de Lívia.  

O negócio cresceu  e hoje elas têm uma fábrica, três lojas e uma equipe com 19 colaboradores. "Até hoje não é fácil. Mas vale a pena". 

Lívia destacou que a maior vantagem de empreender, além de fazer o que gosta, é a flexibilidade na rotina de trabalho. "Não só eu, mas algumas famílias dependem da Lebana. Então  trabalhamos muito, juntos, para que continue dando certo e para que a marca cresça, ganhando novos mercados".


Saiba mais


Empreender

Abrir o próprio negócio exige planejamento e uma série de cuidados. Aqueles empreendedores que criam um Produto Mínimo Viável antes de criar o próprio negócio para valer tendem a ter mais chances de sucesso. Além disso, gastam menos para tirar o projeto do papel, já que reduzem os possíveis erros. 

Escolha

Para escolher em qual ramo empreender, alguns filtros ajudam no processo. Além de observar o que o mercado está precisando, também é importante entender o que o empreendedor gosta de fazer, que vai proporcionar motivação, e o que ele sabe fazer, que vai proporcionar economia do tempo de aprendizagem.

Aperfeiçoamento

Quem tem o próprio negócio deve buscar aprendizado e atualização constantemente. Além disso, ouvir experiências de empresários, entender onde eles erraram, pode ajudar a evoluir reduzindo o número de erros.

Sociedade

Um dos pontos que precisa ser analisado friamente é a escolha do sócio de um projeto. Buscar alguém com valores compatíveis e habilidades complementares pode ajudar. 

Atendimento

O que leva dinheiro para uma empresa são os clientes e a porta de entrada para eles é o atendimento. É importante que os encarregados pelo atendimento tenham valores compatíveis com a empresa em que atuam.

Ouvir o cliente

Uma boa estratégia para que o negócio siga em evolução é desenvolver uma escuta ativa do cliente. Ter um espaço onde ele possa reclamar ou sugerir melhorias, o que pode ser algo físico ou virtual.

Os números

De acordo com dados do Sebrae, de março a dezembro em 2020 foram abertos 43.541 microempreendimentos individuais no Estado. 

Em 2021, de janeiro a dezembro foram 63.233. 

Já no primeiro semestre deste ano foram  abertos 32.754.

A expectativa é que 2022 encerre com números próximos de 2021.

Fonte: especialistas citados na reportagem.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: