Auxílio
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), disse ao Painel que vai enviar ao STF "subsídios técnicos" baseados nos "primeiros achados da comissão" para colaborar com o julgamento da ação em que Jair Bolsonaro (sem partido) pede a suspensão de decretos de lockdown e toque de recolher de três estados.
O senador afirma que o presidente foi e continua sendo negligente no combate à pandemia, age com "pulsão de morte" e, por isso, há necessidade das medidas dos governadores.
Senhor...
Em defesa dos estados, Renan dirá ao STF que Bolsonaro negou e continua contrariando orientações sanitárias. Afirmará ainda que os países que se recuperam da pandemia têm regras de isolamento quando a ocupação dos hospitais chega a níveis altos.
... Do caos
"Essa obsessão macabra do presidente [contra o isolamento], em um momento em que as UTIs estão lotadas e se avizinha uma terceira onda, faz com que os brasileiros paguem com vidas o preço de sua postura irresponsável e tresloucada", disse o senador.
Volte
Renan diz que vai se manifestar como parlamentar, não como membro da CPI, na ação assinada por Bolsonaro e pela Advocacia-Geral da União que pede a revogação de atos do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraná. O relator do caso é o ministro Luís Roberto Barroso.
Pare aí
Governadores de 19 estados mandaram carta ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), pedindo que ele transforme as convocações de nove gestores estaduais para comparecer na comissão em convites.
Pare aí 2
Eles alegam que a forma como foi feito o pedido de ida ao Congresso é inconstitucional. Aziz disse ao Painel, porém, que não cabe a ele revogar a decisão, tomada pelo plenário da comissão.
Justiça
Os chefes dos Executivos também acionaram o STF contra a decisão. Há quem veja o precedente citado pelos governadores no pedido como frágil por ter sido fruto de decisão monocrática. Em 2012, o então governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) acionou a corte e teve uma decisão favorável para não ir à CPI do Cachoeira.
A ver
Até o domingo (30), o caso não não havia sido distribuído. Há possibilidade de ser sorteado livremente ou seguir para o gabinete de Ricardo Lewandowski, que atua nos habeas corpus sobre a CPI.
Jogo de dois
Ciro Nogueira (PI), presidente do PP e um dos principais aliados do governo, avalia que os atos de sábado (29) contra Bolsonaro reforçam a polarização no país e diz que não haverá espaço para uma terceira via em 2022.
Quem?
"Vai um ou outro (Lula ou Bolsonaro). Quem levar o centro, ganha", disse Nogueira ao Painel. O senador aposta na vitória do presidente por vê-lo como mais atrativo ao campo.
Meio
ACM Neto, presidente do DEM, concorda que os atos atestam a divisão da população, mas diz haver lugar para outro nome."Não significa que (os atos) sejam um sinal de 2022. Pode ser um retrato do passado. É cedo para dizer que não há espaço para alternativa que desfaça a polarização."
Virtual
O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) estima em três meses o tempo para chegar a um texto sobre a regulamentação do uso de criptomoedas no país. O tema é debatido em comissão na Câmara retomada na última semana, quando ouviu representantes da PF e do MPF.
Aqui não
O parlamentar também defende a abertura de uma CPI para investigar o uso dos criptoativos em esquemas de pirâmide financeira. "Temos que separar o joio do trigo, a criptoeconomia é importante, mas não pode ser usada em golpes", diz ele.
Não curti
O promotor Octávio Paulo Neto, responsável pela operação Calvário, disse ao Painel que a decisão de Gilmar Mendes, do STF, de enviar os processos do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho para a Justiça Eleitoral fomenta a impunidade.
Grave
Coutinho é acusado de fraudar e superfaturar contratos com organizações sociais na área de saúde –a estimativa é de cerca de R$ 120 milhões desviados. O ministro do Supremo entendeu se tratar de crime eleitoral e tirou o caso da 3ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa.
Tiroteio
A questão não é o voto impresso em si. O que Jair Bolsonaro quer é usá-lo para deslegitimar um resultado de derrota
De Glauber Braga (PSOL-RJ), deputado federal, sobre o presidente colocar em xeque a segurança das urnas e pregar mudança no sistema