Homem vai parar na cadeia por espiar mulher tomando banho pela janela
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Um homem de 33 anos foi parar atrás das grades acusado de ser pego espionando uma assistente jurídica, de 24 anos, tomando banho dentro do banheiro da casa dela, em Bairro de Fátima, na Serra. Ele, que estava no depósito da empresa onde trabalha, subiu em cima de um objeto para alcançar o basculante e ainda forçou uma tela de proteção.
O caso aconteceu na manhã de quinta-feira (29). A vítima contou à polícia que tinha entrado no banheiro para tomar banho quando se deparou com um homem, com a cabeça dentro da janela do banheiro dela. A jovem gritou para que o suspeito saísse de lá, mas ele continuou olhando.

O investigado estava na área de uma empresa, que funciona ao lado da casa da vítima. O local não costuma ser de circulação de pessoas, mas sim de armazenamento de produtos. Além disso, a janela dela ficava num ponto alto da parede, onde só seria possível alcançar caso ele subisse em algum objeto.
Assustada, a jovem foi até a empresa reclamar com o proprietário e acionou a Polícia Militar. Os agentes chegaram a perguntar o porquê de o homem ter feito isso, mas ele só teria confessado o crime. Em depoimento, ele também não quis dar nenhuma declaração.
Na delegacia o homem foi autuado por importunação sexual e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
O que diz a defesa
De acordo com o advogado Ramon Costa de Araujo, que faz a defesa do suspeito, o homem não teria colocado a cabeça para dentro do banheiro.
"Ao movimentar o material naquele local, em busca de caixas em cima das estantes que ficam do lado da báscula, foi o momento em que ela visualizou ele primeiramente. Como a tela é um mosqueteiro, infelizmente dá para visualizar um lado e o outro. No momento em que ele foi pegar o material, que estava um pouco mais alto, os dois se viram. Ele não colocou a cabeça dentro da báscula", afirmou o advogado.
Ele também disse que o local não funcionaria como um armazém. "Esse lado onde tem a báscula é um corredor de alta movimentação de pessoas, funcionários e material. O material que chega já é distribuído", ponderou Ramon. "Além disso, a janela não fica em um ponto alto da parede."
O advogado acrescentou que o suspeito foi liberado para responder em liberdade após a audiência de custódia. "Foi apresentada a defesa na audiência de custódia e o juiz e o promotor entenderam de forma preliminar que não havia pressupostos para ocasionar a manutenção da prisão preventiva".
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