Mais de 3 mil espécies ameaçadas de extinção
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O Brasil tem hoje, pelo menos, 3.299 espécies de animais e plantas ameaçadas de extinção. O número representa 19,8% do total de 16.645 espécies avaliadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa Contas de Ecossistemas: Espécies ameaçadas de extinção, divulgada ontem.
O ecossistema mais degradado do País é a Mata Atlântica, seguida pelo Cerrado e pela Caatinga.
Os números, porém, devem ser muito maiores. Atualmente, são reconhecidas no Brasil 49.168 espécies de plantas e 117.096 de animais. Desse total, a pesquisa do IBGE analisou apenas as 4.617 espécies da flora e as 12.262 da fauna para as quais há informações sobre seu estado de conservação.
“O estudo tem especial importância para o Brasil, que é o país com a maior biodiversidade do mundo”, afirmou o coordenador técnico da pesquisa, Leonardo Bergamini.
Das espécies ameaçadas estudadas, o levantamento mostra que 4,73% estão criticamente em perigo; 9,35% estão em perigo; e 5,74% são consideradas vulneráveis. Está extinta 0,06%, enquanto 0,01% é considerada extinta na natureza (ou seja, só existe em cativeiro).
Entre as extintas, estão as aves maçarico-esquimó (Numenius borealis), gritador-do-nordeste (Cichlocolaptes mazarbarnetti), peito-vermelho-grande (Sturnella defilippii), arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus).
Estão ainda o anfíbio perereca-verde-de-fímbria (Phrynomedusa fimbriata); o mamífero Rato-de-Noronha (Noronhomys vespuccii); e os peixes marinhos Tubarão-dente-de-agulha (Carcharhinus isodon), e Tubarão-lagarto (Schroederichthys bivius).
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