“Não podemos achar que o ano está perdido”, diz educador
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O ano de 2020 está sendo de muitos desafios devido à pandemia do coronavírus, e na área da educação não é diferente. Apesar das dificuldades, para o professor Eduardo Deschamps, que atua no Conselho Nacional de Educação, este é um ano diferente.

“Não podemos achar que o ano está perdido. Entendo que houve um esforço gigantesco dos professores, gestores e das próprias famílias para que o processo educacional pudesse continuar. Certamente haverá lacunas educacionais que serão recuperadas. O esforço que os professores realizaram ao longo do período é uma das questões que embasa a afirmação que não há um ano perdido, mas sim diferente”, afirmou.
O educador, que é doutor em Engenharia Elétrica, participou ontem do 2º Congresso Digital Educacional, promovido pelo Sindicato das Empresas particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe/ES), e falou sobre “Educação em tempos de pandemia: diretrizes para o novo normal”.
Durante a palestra, o professor disse que é importante que as escolas acompanhem os alunos para evitar a evasão escolar. Ele ainda disse que alguns estados utilizam tecnologia artificial para identificar sinais de possíveis evasões.
“É importante acompanhar os sinais que o aluno vai dando, em termos de entregas de atividades e a participação nas aulas que estão sendo realizadas de forma não presencial”, disse.
O professor ainda afirmou que o ensino escolar trará muitos impactos e efeitos da pandemia.
“Vai ter um olhar muito mais forte em relação às possibilidades da utilização da tecnologia para aprendizagem, um olhar também em relação à questão do ensino híbrido (presencial com a distância)”.
O conselheiro ainda falou sobre os desafios que os professores enfrentam durante esse período.
“No começo da pandemia, uma pesquisa apontava a preocupação dos professores com a questão da família e também da pouca capacitação existente em relação à utilização de tecnologia. Depois, em pesquisas posteriores, essa questão da tecnologia foi reduzida e a preocupação passava a ser com as questões psicológicas dos alunos e deles mesmos”.
Para Deschamps, as escolas que se sairão melhor nesse retorno são as instituições que tenham currículos mais claros, que saibam utilizar as tecnologias e que realizem acompanhamento psicológico.
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