"Vão precisar matar outra criança?", desabafa mãe de menina Alice sobre mortes no bairro
Escute essa reportagem
“Vão precisar matar outra criança para aquilo acabar?” Foi essa indagação que Amanda Guedes, 23, mãe de Alice, fez ao saber da notícia do duplo homicídio que aconteceu na sexta-feira (13), no bairro Dom João Batista, Vila Velha a poucos metros da casa onde a filha dela foi morta.
Na manhã de sexta, duas pessoas foram mortas a menos de 100 metros de onde Alice, de apenas 3 anos, estava brincando no quintal quando foi atingida por duas balas perdidas, enquanto um adolescente de 17 anos, alvo dos disparos, fugia dos tiros. O crime aconteceu no dia 9 de fevereiro.

De acordo com testemunhas, o mesmo adolescente também estaria no local onde aconteceu o duplo homicídio. Por volta das 8h30, moradores contaram que ouviram diversos disparos. Testemunhas disseram que os criminosos saíram de um beco para atacar as vítimas em uma ponte, na rua Saldanha da Gama.
No local, estava Débora Mota Rocha, conhecida como “Binha”, 34 anos. De acordo com moradores e a própria família da vítima, a mulher era usuária e também vendia drogas no ponto onde foi assassinada. A perícia encontrou cerca de oito perfurações no corpo dela, na região do tronco e do braço.

Quem estava ao lado dela, de bicicleta, era um homem conhecido por vender picolés. Segundo moradores, ele também seria usuário de drogas, e estaria no local para comprar os produtos com Binha. O rapaz, que ainda não tinha sido identificado, foi morto com pelo menos 12 perfurações.
As mortes foram resultado da guerra por pontos de venda de drogas que acontece na região. Na rua onde Alice morava, funciona um ponto de tráfico.
Comentários