Promessa de maior quindim do mundo em Nova Almeida
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O Festival de Doces de Nova Almeida, que acontece de amanhã a domingo, na Serra, promete a produção do maior quindim do mundo. O evento vai acontecer na Praça dos Pescadores e a entrada é gratuita.
A idealizadora do festival, a vice-presidente da Academia de Letras e Artes da Serra, Sandra Gomes, contou que o quindim terá o diâmetro de um metro. Segundo Sandra, a iniciativa é uma oportunidade de dar visibilidade ao doce, que é uma tradição em Nova Almeida.
“O quindim é uma tradição da nossa comunidade e queríamos levar isso para todo o Estado. Assim como todos sabem que a torta de morango é tradição em Domingos Martins, o café em Brejetuba e a polenta em Venda Nova do Imigrante. A partir disso, dei a ideia de criarmos algo maior. É uma maneira de chamarmos a atenção para nossa história e tradição”.
Para que fosse possível a produção do “quindão”, Sandra começou uma pesquisa em busca do maior quindim já criado e não encontrou qualquer registro. A partir disso, ela foi adiante com a ideia.
No total, 20 doceiras ficarão responsáveis pela produção do quindim. Uma das responsáveis pela produção é a Natália Garcia, 64 anos. Ela é dona da doceria “Tradicional Quindim de Nova Almeida”, famosa na região.
Natália explicou que ainda não se sabe a quantidade de ingredientes que serão usados, nem o peso ou a altura que terá o doce, pois os testes começarão hoje. “Estamos esperando os utensílios necessários para a produção chegar, aí faremos os testes. Mas adianto que ficará uma delícia, quem prestigiar não vai se arrepender”.
O doce gigante será servido gratuitamente no domingo, último dia do evento, a partir das 17 horas. O festival também vai contar com programação cultural.
Não se sabe ao certo a origem do quindim. Há quem diga que o doce que teria dado origem ao quindim é o brisa-do-Lis, da região de Leiria, em Portugal, que leva os mesmos ingredientes do quindim, sendo que no doce português é utilizada a farinha de amêndoas no lugar do coco.
Entretanto, acredita-se que no Brasil os escravos teriam introduzido o coco em substituição à farinha de amêndoas, que não era um ingrediente acessível na época.
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