Criança de 2 anos morre em Olinda; pais são irmãos e caso é investigado

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Uma criança de dois anos foi encontrada morta dentro de casa, numa comunidade de Rio Doce, em Olinda, Região Metropolitana do Recife. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e foi registrado como morte a esclarecer. O local e o nome não serão divulgados porque o casal tem uma menina de 2 anos, de modo que dar detalhes poderia afetar o desenvolvimento da criança sobrevivente.

POLÍCIA ENCONTROU CASA VAZIA NA PRIMEIRA DENÚNCIA

De acordo com a Polícia Civil, uma denúncia inicial levou os agentes até o local ainda pela manhã de segunda-feira (1º). A equipe encontrou a residência vazia e sem vestígios do corpo da criança. Horas depois, o pai entrou em contato com a polícia, afirmando que o menino havia falecido e que o corpo permanecia na casa. Os agentes retornaram e encontraram a vítima no sofá da sala. Ele confirmou ao conselho tutelar que o menino estava morto há 24 horas e não explicou porque não socorreu, nem chamou a polícia.

PERÍCIA APONTA SINAIS INCONCLUSIVOS

Peritos do Instituto de Criminalística realizaram os primeiros exames e identificaram vermelhidões e edemas que podem ter sido causados por picadas de inseto, além de secreções na boca e no nariz da criança. No entanto, não foram encontrados indícios claros de violência. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), onde passará por análises mais detalhadas.

VIZINHOS RELATAM MAUS-TRATOS E DESNUTRIÇÃO

Moradores da área, que preferiram não gravar entrevistas, afirmaram que o menino apresentava sinais de negligência e parecia desnutrido. Apesar de ter dois anos, não aparentava a idade por causa do baixo desenvolvimento físico. Segundo relatos, os pais, que vivem de pedir comida e dinheiro nas ruas, não trabalhavam e não ofereciam alimentação adequada ao filho.

PAIS SÃO IRMÃOS E JÁ ERAM ACOMPANHADOS PELO CONSELHO TUTELAR

A vítima era filha de um relacionamento entre irmãos, e a família já tinha histórico de acompanhamento pelo Conselho Tutelar. O órgão informou que havia registrado situações anteriores envolvendo a criança e que agora vai apresentar denúncia de desconstituição do poder familiar, para que os pais não fiquem com a filha mais nova, uma bebê de nove meses.

INVESTIGAÇÕES EM ANDAMENTO

A Polícia Civil aguarda os resultados da perícia para confirmar a causa da morte e apurar se houve negligência ou responsabilidade direta dos pais no caso. O conselho tutelar pediu a destituição do poder familiar em relação à segunda criança, que tem 9 meses.