CBF prevê compensação de carbono em jogos das seleções e anunciará plano na COP-30
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A próxima partida da seleção brasileira, contra o Chile, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, marcará a primeira vez que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) compensará as emissões de carbono. A ação passará a valer para todos os compromissos dos times principais masculino e feminino no País. Em novembro, a entidade vai anunciar uma agenda ambiental inédita durante participação na Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança Climática (COP-30).
O anúncio da nova política ambiental da CBF foi feito pelo presidente Samir Xaud, durante a participação no Expert XP, em São Paulo. Na prática, a compensação costuma ser feita por compra de créditos de carbono.
Outra forma se dá por plantio de árvores. Xaud citou que a CBF também deve investir em projetos de reflorestamento, educação ambiental e incentivo à logística sustentável.
“Nossos campeonatos movimentam atletas, comissões técnicas, torcedores, comerciantes, jornalistas e famílias inteiras. O futebol mexe com o tecido social”, justificou Xaud.
A CBF trabalha com contratação de uma equipe para a elaboração de uma agenda climática. Seria a primeira vez que a entidade teria uma cartilha voltada ao meio ambiente.
A expectativa é apresentar o planejamento em Belém, durante a COP-30. A conferência envolve líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil para discutir o combate das mudanças climáticas.
Nesta sexta-feira, Xaud participou do painel CBF Verde: O Futebol Entra em Campo com o Meio Ambiente, no Expert XP. Antes, o dirigente havia se encontrado com governadores da Região Norte e o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger para debater o Fundo Verde do Clima (em inglês Green Climate Fund - GCF), maior fundo climático do mundo.
O objetivo do GCF é apoiar os países em desenvolvimento por meio de financiamento ou programas de mitigação e adaptação climática. Desde a aprovação do primeiro projeto, financiado em 2015, o GCF tem avançado na construção de um portfólio de cerca de 100 projetos globais. Até 2024, o Brasil contou com 13 deles.
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