ES pode receber "aquário gigante" no modelo do AquaRio
Projeto prevê aquário inspirado no AquaRio e promete impulsionar turismo, pesquisa e educação ambiental no litoral capixaba
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Guarapari pode se tornar o novo endereço de um grande aquário nos moldes do AquaRio, do Rio de Janeiro. A proposta, em fase de elaboração, pretende transformar o município em um polo de turismo e pesquisa científica voltada à biodiversidade marinha.
A iniciativa está sendo desenvolvida a partir de uma parceria público-privada e tem como base as potencialidades do litoral capixaba.
“Existem conversas com investidores e uma visita do poder público ao Instituto Orca. No entanto, ainda não há nada consolidado. O aquário é um desejo da prefeitura e a gente vai estimular outros grupos que queiram conversar sobre isso, pois é um equipamento fundamental para o turismo do município”, disse o prefeito Rodrigo Borges.
A prefeitura informou que os estudos para definir a área mais adequada para a construção do aquário estão em andamento, assim como a estimativa dos investimentos necessários. Ainda não há previsão para o encerramento dessa etapa.
Além de fortalecer o turismo local, o aquário também deverá abrigar ações voltadas à educação ambiental, à preservação dos ecossistemas e à promoção do desenvolvimento sustentável.
Segredos dos gigantes do mar

Em uma geladeira cheia de cérebros de golfinhos e botos, a diretora científica do Instituto Orca, Kamilla Avelino, guarda boa parte do seu material de trabalho.
Além de organizar o acervo da instituição capixaba, ela é a fundadora da Rede Brasileira de Neurobiodiversidade e investiga o funcionamento dos cérebros dos cetáceos.
O trabalho é uma extensão das pesquisas inéditas que ela iniciou durante o doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“No mestrado, decidi pesquisar o cérebro dos golfinhos, os quais algumas espécies possuem cérebros maiores, mas são reconhecidos por serem animais inteligentes, que se reconhecem no espelho e manipulam objetos”, relembra.
Kamilla Avelino revela que cada espécie possui suas particularidades, e que foi possível identificar nos cetáceos características de doenças que afetam cérebros humanos, como meningite e Alzheimer, o que pode construir uma ponte para compreender motivos da manifestação dessas patologias em humanos.
Curiosidades
Baleia orca
Pode ter o peso de um ônibus, chegando a 11 toneladas e até quase 10 metros de comprimento. É o maior membro da família dos golfinhos. A longevidade varia de 30 a 90 anos. Cetáceo mais amplamente distribuído, é encontrado em todos os oceanos.
Golfinhos
São mais de 40 espécies: do golfinho-de-hector, um dos menores com cerca de 1,4 metro, à orca, o maior. Com cérebro grande e complexo em relação ao tamanho do corpo, os golfinhos demonstram sinais de inteligência avançada.
Botos
O termo “boto” é usado no Brasil para se referir a diferentes espécies de golfinhos, principalmente os de água doce, mas também alguns costeiros. Biologicamente, todos são golfinhos. O mais famoso é o boto cor-de-rosa da Amazônia, que, além da biologia, é considerado uma figura mítica.
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