Guarapari tem maior museu de animais marinhos do País
Acervo com mais de mil ossos de baleias, botos e golfinhos será exposto quando um grande aquário for instalado na cidade
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Um rico acervo de ossadas de baleias, golfinhos e botos está guardado em Guarapari e será exposto em um museu que está em planejamento para a cidade. O atrativo deve ser implementado dentro do novo aquário, que está sendo pensado para atrair turistas e pesquisadores e ainda não tem data para ser construído.
O trabalho de conservação e estudos científicos é realizado pelo Instituto Orca, que há mais de 30 anos atua no resgate dos cetáceos no litoral capixaba.
A sede do instituto, no centro de Guarapari, armazena mais de mil ossadas dos animais resgatados e pesquisados nas últimas três décadas. O material é considerado o mais rico do País e um dos maiores da América do Sul. Parte desse acervo já pode ser conhecida no instituto mediante agendamento.
“Durante muito tempo, o instituto foi chamado para participar do processo de instalação de um aquário em Guarapari. Mas muitas vezes eram apenas especulações então nunca fomos em frente. Dessa vez, o município tem feito uma movimentação forte para que isso aconteça. A ideia é que todo esse material seja exposto em um museu dentro do aquário”, afirma o diretor-executivo do Instituto Orca, João Marcelo Nogueira.
Segundo ele, o projeto vai trazer inúmeros benefícios para a cidade, não só do ponto de vista turístico, mas científico e educacional.
“O que mais nos encanta nessa ideia é a oportunidade de alunos das escolas públicas terem acesso a algo que eles não teriam, talvez por falta de recursos. O instituto está muito interessado nesse processo, porque vai ao encontro do que a prefeitura quer estabelecer aqui”.
O Instituto Orca foi fundado nos anos 80 pelo médico Lupércio Barbosa, um apaixonado por baleias e inconformado com a situação dos mamíferos no Estado.
Em 1992, o projeto foi oficializado, mas ainda esbarrava na falta de uma legislação que autorizasse o recolhimento de animais encalhados nas praias. Com a criação da rede de encalhes, o trabalho passou a ser melhor estruturado.
Atualmente, oito pessoas trabalham no projeto, incluindo o veterinário Ian Augusto e a diretora científica Kamilla Avelino. Além de resgatar e, eventualmente, colocar os animais de volta no mar, também investigam as causas de morte para abastecer pesquisas científicas em instituições no Brasil e no exterior.
Curiosidades
Médico criou o Instituto Orca
Fundado no final da década de 80, o Instituto Orca surgiu por meio da iniciativa o médico Lupércio Barbosa, um apaixonado por baleias que estava inconformado com a forma que os animais eram tratados no Brasil.
O Instituto Orca conserva mais de mil ossadas de baleias, golfinhos e botos (cetáceos). O acervo é considerado o mais rico do Brasil e um dos maiores da América do Sul. Parte do material pode ser visitada mediante agendamento.
O acervo deve ser exposto em um museu de ossadas de cetáceos. O espaço será integrado ao projeto de um aquário turístico e científico.
A instituição é responsável por atender chamados para salvar animais encalhados e, por vezes, retirar suas carcaças das praias. Na sede, esses animais são investigados.
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