Menino baleado em ataque a tiros perde ligamento, mas não terá perna amputada
Após cirurgia, criança vai precisar de fisioterapia para voltar a andar; cuidadora segue internada em estado grave
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Um menino de 8 anos baleado durante um ataque a tiros em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, perdeu o ligamento do joelho, mas não precisará amputar a perna. Ele passou por cirurgia e, segundo informações do hospital, vai precisar de fisioterapia para conseguir voltar a andar. A cuidadora, que também foi baleada com 5 tiros, segue internada em estado grave na UTI.
O crime aconteceu na noite desta quarta-feira (9), no bairro de Artur Lundgren. Os nomes serão preservados devido ao Estatuto da Criança e do Adolescente. A advogada da família falou com a imprensa nesta quinta-feira (10).
Segundo informações da advogada Gabriela Silva, a mãe da criança havia saído para realizar uma entrega de sua loja e deixou o filho sob os cuidados da babá. Durante sua ausência, um homem armado invadiu a residência e disparou cinco vezes contra a cuidadora, atingindo também o menino na perna.
Crime premeditado?
Testemunhas relataram que o agressor entrou no imóvel como se já conhecesse o local. Ele procurou a cuidadora e começou a atirar. Um dos disparos acabou atingindo o garoto no joelho, no momento em que a cuidadora tentou se proteger.
Após o ataque, a mãe da criança chegou ao local e socorreu os dois feridos com a ajuda da mãe da babá. Eles foram levados ao Hospital Miguel Arraes, em Paulista, mas o menino precisou ser transferido para o Hospital Otávio de Freitas, no Recife, onde passou pela cirurgia.
“Foi a própria mãe da criança quem socorreu as vítimas. Ela colocou o filho no carro e, em seguida, ajudou a levar a cuidadora ferida para o hospital Miguel Arraes”, relatou a advogada Gabriela Silva.
Segundo informações da unidade hospitalar, o menino já saiu do bloco cirúrgico e, graças a Deus, não foi preciso amputar a perna. No entanto, ele perdeu o ligamento e vai ter que fazer fisioterapia para reaprender a andar.
Suspeita de crime passional
O caso é tratado pela Polícia Civil como tentativa de homicídio. A principal linha de investigação é a de crime passional, já que, segundo a família, a cuidadora não possui antecedentes criminais ou envolvimento em atividades ilícitas.
“Ainda não temos uma confirmação sobre a motivação. Cogita-se que possa ter relação com algum antigo relacionamento, mas isso ainda precisa ser apurado”, completou a advogada.
A cuidadora segue internada na UTI, em estado crítico. Familiares aguardam atualizações sobre o estado de saúde dela.
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