Mais de 13 mil novas empresas devem se instalar fora da Grande Vitória
Quem também se favorece com o cenário de maior consumo é o setor imobiliário
Escute essa reportagem

O crescimento em consumo fora da Grande Vitória virá acompanhado de um aumento no número de lojas, restaurantes e empresas. Ao longo dos próximos cinco anos, a previsão é de que cerca de 13.136 novas empresas, de todos os portes sejam abertas.
A estimativa é do professor, doutor, pesquisador e coordenador do Projeto Connect, da Federação do Comércio do Estado (Fecomércio-ES) André Spalenza, com base em dados do mapa das empresas no Espírito Santo, que mostram que, atualmente, são 218.941 que ativas fora da Grande Vitória.
“Nos próximos cinco anos, o crescimento no número de empresas desses municípios deve ser de 6%, em média. Alguns setores, como o alimentício, deverão ter aumentos mais significativos, mas é essa a realidade. Há um processo de interiorização ocorrendo no Estado e isso envolve não só grandes empresas como pequenas, médias e até as micros”, relata.
Vice-presidente da Federação do Comércio do Estado (Fecomércio-ES), José Carlos Bergamin destaca que o crescimento proporcional das cidades de fora da Grande Vitória não se limita a grandes polos industriais, como os de Linhares e de Aracruz, mas também em cidades com economias diversas, como Pinheiros, São Mateus, Barra de São Francisco e Nova Venécia.
Quem também se favorece com o cenário de maior consumo é o setor imobiliário. Municípios como Linhares e Aracruz se destacam por unir infraestrutura sólida, expansão industrial e novas oportunidades para morar e investir, conforme aponta o executivo da Gava Crédito Imobiliário e diretor da Ademi-Secovi-ES Ricardo Gava.
O executivo cita que, em Linhares, o setor industrial está cada vez mais consolidado, com presença marcante de indústrias de móveis, equipamentos elétricos, eletrônicos e café solúvel.
“O município também tem forte vocação agroexportadora, com destaque para a produção de frutas e café, que impulsionam a economia e reforçam a demanda por imóveis comerciais e residenciais”, afirma Gava.
Na logística, o Porto de Regência, voltado à movimentação de petróleo, amplia a relevância estratégica da cidade. No mercado residencial, a verticalização avança com força, especialmente no entorno das lagoas, com empreendimentos como os condomínios Alphaville, que reforçam a valorização e a busca por qualidade de vida.
Em Aracruz, Gava detalha que o cenário industrial crescente estimula lançamentos residenciais e amplia as oportunidades para investidores e moradores.
SAIBA MAIS
Transportes são exceção em Vitória
Quando a análise é focada apenas na capital, uma curiosidade ocorre: a única categoria em que a classe “B” não lidera é a de Transporte Urbanos, voltada aos gastos habituais compreendendo despesas com ônibus, táxi, trem, metrô, barca e transporte escolar. A classe “C” lidera essa categoria com R$ 69.436.210, pouco mais do que a classe B, com gastos de R$ 69.261.225 na categoria.
Investimentos previstos até 2030
Municípios de fora da Grande Vitória (composta por Fundão, Serra, Vitória, Cariacica, Vila Velha, Guarapari e Viana) vão receber R$ 79,7 bilhões em investimentos até 2030, distribuídos em 185 projetos já anunciados. Aracruz e Linhares são os destaques: somados, têm 50 projetos com investimento total de R$ 8,6 bilhões.
Mais empresas
O crescimento em consumo fora da Grande Vitória virá acompanhado de um aumento no número de lojas, restaurantes e empresas. Ao longo dos próximos cinco anos, a previsão é de que cerca de 13.136 novas empresas, de todos os portes sejam abertas em municípios que não compõem a Região Metropolitana de Vitória.
Mais empregos
Consequência da abertura de mais empresas é a criação de mais empregos. Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento, Sérgio Vidigal, entre 5 mil e 10 mil novos postos de trabalho devem ser criados nos municípios fora da Grande Vitória nos próximos cinco anos.
Nova região metropolitana
além do aumento no consumo, o crescimento econômico previsto para o Norte do Estado nos próximos anos deverá criar, em até 40 anos, uma nova região metropolitana na Grande Vitória, segundo especialistas e empresários.
O otimismo se deve ao fato da alavancagem de investimentos na região, que tem atraído interesse cada vez maior de indústrias e recebido investimentos estruturantes do governo estadual.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários