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Polícia

FIM DO JULGAMENTO: PM que matou esposa é condenado a 21 anos de prisão

Major da reserva é condenado por homicídio qualificado por matar esposa com dois tiros no rosto em 2013


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Imagem ilustrativa da imagem FIM DO JULGAMENTO: PM que matou esposa é condenado a 21 anos de prisão
Dário passou apenas três meses preso e saiu com habeas corpus. Desde então, levou uma vida normal até ser condenado, agora em definitivo |  Foto: - Reprodução/redes sociais

O policial militar da reserva Dário Ângelo Lucas da Silva, de 51 anos, foi condenado, nesta quinta-feira (12), por homicídio qualificado pela morte da esposa, a comerciante Yana Luiza Moura de Andrade, assassinada com dois tiros no rosto em janeiro de 2013, no município de Paulista, Região Metropolitana do Recife.

O júri popular desconsiderou os argumentos da defesa e acatou a tese do Ministério Público de que o crime foi cometido por motivo fútil e sem chance de defesa da vítima. Ele foi condenado a 21 anos de prisão, 2 meses e 15 dias.

BRUTALIDADE

O caso ganhou destaque pela brutalidade do assassinato e pelo fato de a vítima ter sido morta na casa da sogra, enquanto os dois filhos dormiam no cômodo ao lado. Yana tinha 30 anos. Dário, que era sargento da PM na época, chegou a passar apenas três meses preso, foi promovido a major da reserva e, anos depois, se formou em Direito, tornando-se advogado com registro na OAB-PE.

Durante o julgamento, a promotoria reforçou que, apesar de o réu não ter sido enquadrado por feminicídio — figura jurídica que só passou a existir em 2015_, o crime foi cometido em contexto claro de violência de gênero. "Trata-se de um feminicídio, só não tem esse nome por conta da legislação vigente à época", explicou a promotora Liana Menezes.

Defesa tentou retirar qualificadoras

O advogado de Dário Ângelo reconheceu a autoria do crime, mas pediu ao júri que desconsiderasse as qualificadoras de motivo fútil e impossibilidade de defesa. Para justificar a tese, recorreu à literatura: “Que Yana não seja a Capitu de Dom Casmurro. Mas que ele (Dário) também não seja o Bentinho de um ‘Otelo brasileiro’, idealizado por Helen Caldwell”, afirmou o advogado Ivaélio Mendes de Alencar, em referência a personagens marcados por ciúme e obsessão. A intenção foi sugerir que o réu teria sido provocado por uma suposta traição e que a vítima sabia do risco por ele estar armado.

O júri, no entanto, não aceitou a argumentação. Dário foi condenado por homicídio duplamente qualificado.

Filho falou com a reportagem ao final do julgamento

O filho mais novo do casal, que presenciou a discussão dos pais na noite do crime, prestou depoimento comovente. Ele tinha apenas sete anos quando perdeu a mãe e hoje, aos 19, afirmou que aguardava o julgamento como forma de “fechar o caixão” da mãe, cuja morte, segundo ele, seguia “aberta” na memória da família.

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