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Entretenimento

Quem é Kleber Mendonça Filho, brasileiro que foi o melhor diretor do Festival de Cannes em 2025


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Kleber Mendonça Filho ganhou o prêmio de melhor diretor do Festival de Cannes de 2025 neste domingo, 24. É a segunda vez que um diretor brasileiro recebe a honraria - o outro foi Glauber Rocha, em 1969, por seu O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro.

Mendonça Filho é conhecido especialmente por filmes como O Som Ao Redor (2013), Aquarius (2016), Bacurau (2019), Retratos Fantasmas (2023) e O Agente Secreto (2025).

Retratando temas que envolvem conflitos sociais e a situação política, a maioria de suas produções se passa na cidade de Recife, em Pernambuco, onde o diretor nasceu em 1968 (atualmente tem 56 anos de idade).

Os principais filmes de Kleber Mendonça Filho

Entre as décadas de 1990 e 2000, dirigiu uma série de curtas. Seu primeiro trabalho em longa-metragem foi o documentário Crítico, que reúne entrevistas gravadas ao longo de nove anos com cineastas e críticos em festivais e salas de cinema. "Na época, eu era crítico e vi a oportunidade de registrar pessoas que admirava dos dois lados. Me agrada bastante que, bom ou ruim, esse filme é um documento em mutação", explica o diretor em seu canal no Vimeo.

O Som Ao Redor

Já seu primeiro longa-metragem de ficção foi O Som Ao Redor (2012), que recebeu diversos elogios da crítica à época. Estrelado por Irandhir Santos e Maeve Jinkings, girava em torno dos moradores de uma rua na cidade de Recife, em Pernambuco, quando um grupo de uma ameaçadora empresa de 'segurança particular' chega à região.

O filme recebeu o prêmio da crítica no Festival de Cinema Internacional de Roterdã, na Holanda, onde fez sua estreia. Posteriormente, também foi considerado o melhor filme do Festival de Gramado.

"O Som Ao Redor é provavelmente um filme sobre um certo estado de espírito. De uma maneira geral, meus filmes talvez se dividam entre os que trazem experiências pessoais e os que são observações pessoais. No fundo, é tudo a mesma coisa, talvez seja algo impossível de ordenar", comentou à revista Cinética à época.

Aquarius

Em 2016, sua primeira participação no Festival de Cannes, com Aquarius, filme estrelado por Sonia Braga. No tapete vermelho, o diretor e o elenco protestaram contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), que transcorria àqueles tempos.

No longa, uma mulher é a última moradora de um prédio em Recife. Uma imobiliária, que já adquiriu todos os outros apartamentos, segue assediando-a para que aceite um vultuoso valor e deixe o local. Diante da insistência em ficar, a empresa busca formas menos ortodoxas de tentar tirá-la de lá.

Ao Estadão, em 2017, Kleber Mendonça Filho destacava: "O filme está em 77 países, dos quais fui a 23 deles, entre festivais e lançamento. Foi uma experiência muito feliz. Sempre há uma grande tensão quando um cineasta acaba um filme. 'Será que ele será visto, vai acontecer, viralizar?'. E, até agora, tive a sorte de ver O Som Ao Redor e Aquarius virarem esse organismo que saiu 'andando' por aí'.

Bacurau

Bacurau (2019), com Silvero Pereira e Ugo Kier, foi seu trabalho seguinte, novamente exibido no Festival de Cannes. Desta vez, recebendo o prestigiado Prêmio do Júri. O longa, que gira em torno de habitantes de uma pequena cidade no interior do Nordeste que corre risco por conta de um grupo de assassinos estrangeiros, foi outro a ser elogiado pela crítica.

"É uma vitória que nos traz respeito internacional, uma repercussão em todo o mundo. Fomos vistos. Acho que mais do que brigar por território, os personagens do longa estão brigando pelo direito de existir, o direito de serem deixados em paz. Um filme em que pessoas do Nordeste não querem se submeter ao desejo de estrangeiros", comentou ao Estadão após o prêmio, à época.

Retratos Fantasmas

Retratos Fantasmas (2023) é um documentário sobre o auge e a decadência de alguns dos principais cinemas de Recife, em Pernambuco. O longa também foi exibido em Cannes e, apesar de não ter sido premiado, meses depois foi o escolhido pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais para representar o Brasil na disputa pelo Oscar em 2024. Não passou, porém, para a lista final.

O Agente Secreto

O Agente Secreto (2025) trouxe Kleber Mendonça Filho de volta a Cannes, agora premiado, e também de volta à sua Recife de sempre. Desta vez, a trama se passou na época da ditadura militar, em 1977.

O longa ainda rendeu o prêmio de melhor ator para Wagner Moura, o protagonista, um homem que volta à capital pernambucana em busca de tranquilidade, mas encontra um ambiente que não necessariamente é propício para isso. O Agente Secreto também ganhou mais dois prêmios em Cannes.

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