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Brasil

Quem é Marcinho VP, apontado como entrave para aliança entre PCC e Comando Vermelho


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A falta de aval de Marcinho VP, apontado como o número 1 do Comando Vermelho (CV), é vista como um dos fatores que contribuíram para o fim da breve trégua da facção carioca com o Primeiro Comando da Capital (PCC), apontam autoridades ouvidas pelo Estadão.

“Pode ter pesado“, disse O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo.

As informações sobre o rompimento foram confirmadas também por advogados da facção fluminense sob condição de anonimato. Eles dizem, entretanto, que a cisão foi “feita em paz”. Por outro lado, negam que iniciativa tenha partido de Marcinho VP.

“Todas as visitas são gravadas e monitoradas, inclusive de familiares e advogados”, diz um defensor que esteve no Complexo de Bangu, zona oeste do Rio, mas que prefere não ter o nome citado na reportagem.

O Estadão apurou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério Público paulista receberam informações que apontam para novo rompimento das duas maiores facções criminosas do País.

“Eu já não acreditava, desde o início, que essa trégua seguiria adiante, porque tanto o PCC quanto o Comando Vermelho têm interesses comuns, como rotas que são disputadas principalmente lá na Região Norte”, afirma Gakiya.

“Dificilmente alguém iria abrir mão simplesmente por haver determinação da cúpula.”

Segundo ele, as próprias características de organização da facção carioca também atrapalham. “No Comando Vermelho, ao contrário do PCC, os (núcleos dos) Estados têm certa autonomia. Nem todas as ordens que são determinadas pelo comando central, pelo conselho do Rio de Janeiro, acabam acatadas pelos Estados”, diz o promotor.

Contexto da trégua

Em fevereiro, relatório de inteligência da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) revelou a existência de suposta aliança entre as organizações. A trégua teria sido informada aos membros das organizações criminosas para que suspendessem as mortes entre os grupos.

Quando a aproximação foi celebrada entre os grupos, a intenção era de fortalecer as facções, sobretudo para flexibilizar o tratamento a líderes dos traficantes presos no sistema penitenciário federal.

Um integrante do alta cúpula da Polícia Militar paulista ouvido pelo Estadão aponta que a repercussão dessa aproximação gerou dúvidas entre os membros do PCC e do CV, uma vez que há dificuldades, para quem está nas ruas, de se comunicar com as lideranças.

Segundo fontes da área, as informações de possível fim da trégua chegaram ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública, que monitora a movimentação dos grupos criminosos.

Quem é Marcinho VP

Considerado o principal líder do Comando Vermelho, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, tem 55 anos e está preso desde os 26 – ele é pai do rapper Oruam. O traficante é autor de dois livros, um deles contando sua própria história.

Nascido na favela de Vigário Geral, zona norte do Rio, ainda bebê Marcinho se mudou para São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Logo em seguida seu pai foi assassinado. A mãe de Marcinho foi presa quatro vezes, e ele e os três irmãos foram criados por uma tia.

Ele conta que começou a praticar assaltos aos 13 anos, para conseguir dinheiro para comprar roupas de marca. Dos roubos passou para o comércio de drogas, ascendeu na hierarquia e logo se tornou o líder do tráfico no complexo do Alemão, conjunto de favelas da zona norte do Rio e um dos principais redutos do CV.

Processado e condenado por tráfico de drogas e homicídios, Marcinho foi preso no fim de agosto de 1996 em Porto Alegre, numa ação comandada pelo detetive José Carlos Guimarães, então integrante da Divisão Regional Metropolitana 5 (Metropol 5) da Polícia Civil do Rio.

O policial passou quatro meses investigando o paradeiro de Marcinho. Segundo a imprensa registrou à época, a prisão gerou um pedido de desculpas do então governador do Rio, Marcello Alencar, ao então governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto, porque os policiais fluminenses não avisaram a polícia gaúcha sobre a operação.

Desde então, nunca saiu da prisão, mas, segundo a polícia e a Justiça, de dentro da cela seguiu liderando o Comando Vermelho e ordenando homicídios e outros crimes. Uma das mortes teria sido a de um xará – Márcio Amaro de Oliveira, também conhecido como Marcinho VP e líder do Comando Vermelho na favela Dona Marta, em Botafogo (zona sul). /COLABOROU FABIO GRELLET E GONÇALO JÚNIOR

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