Alepe debate realidade das trabalhadoras domésticas e homenageia Luiza Batista
Aberto ao público, evento será realizado nesta segunda-feira (28), e terá lançamento de livro Suíte Master e Quarto de Empregada
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A realidade das trabalhadoras domésticas em Pernambuco será o tema de um seminário que acontece na próxima segunda-feira (28), às 15h, no auditório Ênio Guerra, na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe).
Aberto ao público, o evento vai discutir os desafios enfrentados pela categoria e prestar uma homenagem ao legado da sindicalista e militante Luiza Batista.
Luiza Batista, que faleceu em março deste ano, aos 68 anos, dedicou a vida à defesa dos direitos das trabalhadoras domésticas, atuando no Brasil e internacionalmente.
Desde a infância, exerceu a profissão que depois seria a causa central de sua militância, tornando-se uma das principais vozes pela valorização e reconhecimento do trabalho doméstico.
Organizado pela deputada estadual Dani Portela (PSOL-PE), o encontro busca refletir sobre o reconhecimento do trabalho doméstico e a luta histórica por condições dignas de trabalho.
"Será um dia para marcar a importância desse trabalho para a sociedade e destacar sua centralidade nas lutas feministas e do movimento negro", afirmou a parlamentar.
O seminário contará com a participação da socióloga Bethânia Ávila, do SOS Corpo, e de Dijane Clemente, diretora da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas e do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas da Cidade do Recife.
A atividade também inclui o lançamento do livro "Suíte Master e Quarto de Empregada", do jornalista, fotógrafo e professor da Universidade Federal de Pernambuco, José Afonso Jr.
A obra reúne fotografias e relatos que retratam os espaços de moradia e trabalho na Região Metropolitana do Recife, com textos assinados pelas escritoras Fabiana Moraes e Mirtes Renata de Souza. Há registros de diálogos, acordos (inclusive os velados) e diversas situações vividas pelas empregadas domésticas.
Principais desafios enfrentados pela categoria:
Alta informalidade: Cerca de 76% das trabalhadoras domésticas atuam sem registro formal, o que as impede de acessar direitos básicos como férias remuneradas, 13º salário e FGTS.
Salários abaixo do mínimo: Em algumas regiões do país, o rendimento médio mensal das trabalhadoras domésticas é inferior ao salário mínimo, evidenciando a desvalorização da profissão.
Jornadas excessivas e sem controle: Muitas profissionais enfrentam jornadas extensas, especialmente aquelas que residem no local de trabalho, sem direito a horas extras ou descanso adequado.
Desigualdades raciais: A maioria das trabalhadoras domésticas são mulheres negras, que recebem, em média, salários inferiores aos das colegas brancas, refletindo desigualdades estruturais no mercado de trabalho.
Falta de reconhecimento profissional: Ainda persiste uma visão social que desvaloriza o trabalho doméstico, não reconhecendo sua importância e complexidade, o que dificulta a profissionalização e valorização da categoria. Serviço:
Seminário “O legado de Luiza Batista e a situação das Trabalhadoras Domésticas em Pernambuco”
PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS PELA CATEGORIA
Alta informalidade: Cerca de 76% das trabalhadoras domésticas atuam sem registro formal, o que as impede de acessar direitos básicos como férias remuneradas, 13º salário e FGTS.
Salários abaixo do mínimo: Em algumas regiões do país, o rendimento médio mensal das trabalhadoras domésticas é inferior ao salário mínimo, evidenciando a desvalorização da profissão.
Jornadas excessivas e sem controle: Muitas profissionais enfrentam jornadas extensas, especialmente aquelas que residem no local de trabalho, sem direito a horas extras ou descanso adequado.
Desigualdades raciais: A maioria das trabalhadoras domésticas são mulheres negras, que recebem, em média, salários inferiores aos das colegas brancas, refletindo desigualdades estruturais no mercado de trabalho.
Falta de reconhecimento profissional: Ainda persiste uma visão social que desvaloriza o trabalho doméstico, não reconhecendo sua importância e complexidade, o que dificulta a profissionalização e valorização da categoria. Serviço:
Seminário “O legado de Luiza Batista e a situação das Trabalhadoras Domésticas em Pernambuco”
📍1. Quando e onde será o seminário?
O seminário acontece na segunda-feira, 28 de abril de 2025, às 15h, no Auditório Ênio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Recife.
2. O evento é aberto ao público?
Sim, o seminário é aberto a todas as pessoas interessadas em discutir a realidade das trabalhadoras domésticas e homenagear o legado de Luiza Batista.
3. Como posso me inscrever?
Não é necessário fazer inscrição prévia. Basta comparecer ao Auditório Ênio Guerra no horário do evento. A entrada é livre.
4. Quem são os participantes confirmados?
Bethânia Ávila — socióloga e representante do SOS Corpo
Dijane Clemente — diretora da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas e do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas da Cidade do Recife
José Afonso Jr. — jornalista, fotógrafo e professor da UFPE, que fará o lançamento do livro “Suíte Master e Quarto de Empregada”.
5. O que é o livro que será lançado durante o seminário?
"Suíte Master e Quarto de Empregada" traz fotografias e relatos sobre as condições de moradia e trabalho das empregadas domésticas na Região Metropolitana do Recife. O livro é acompanhado de textos da escritora Fabiana Moraes e de Mirtes Renata de Souza.
6. Quem foi Luiza Batista?
Luiza Batista foi uma referência nacional e internacional na defesa dos direitos das trabalhadoras domésticas. Atuou como sindicalista e militante, dedicando a vida à luta por condições dignas e reconhecimento da profissão. Faleceu em março de 2025, aos 68 anos.
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