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Cidades

Você sente que poderia fazer mais pelos seus filhos?

Pesquisa revela ainda que 62,6% se preocupam com o impacto das redes sociais e da internet na vida deles


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Imagem ilustrativa da imagem Você sente que poderia fazer mais pelos seus filhos?
Sensação de culpa na criação dos filhos é comum entre pais e se intensifica com o avanço das redes sociais, revelam pesquisa da UVV e especialistas. |  Foto: Reprodução/Canva

Nas últimas semanas a série “Adolescência”, da Netflix, gerou diversos debates sobre o comportamento dos adolescentes na escola, na internet e com a família. Uma das frases da série que mais chamou atenção foi a dos pais se perguntando: “Não deveríamos ter feito mais?”.

Essa é uma das dúvidas que muitos deles carregam, por isso, A Tribuna, em parceria com o Laboratório de Pesquisa da área de Humanas da UVV, foi ouvir os pais. A maioria deles (72,1%) acredita que poderia fazer mais pelos filhos, conforme revelam os dados da pesquisa.

Dos entrevistados, 62,6% se preocupam com o impacto das redes sociais e internet na vida do filhos, assim como 62,2% disseram que sabem a fundo sobre o comportamento do filho e como ele pode agir caso sofra bullying.

Na avaliação da psicóloga Henza Rafaela Morandi, a sensação de “poderia fazer mais” sempre existiu entre os pais, mas seu impacto e sua frequência se intensificaram com o avanço da tecnologia e das redes sociais.

“A culpa parental não pode ser atribuída a um único fator, mas a um conjunto de elementos que, somados, sobrecarregam os pais e alimentam um sentimento de insuficiência, muitas vezes infundado”.

Para a psicóloga infantojuvenil Paula Santos é importante que os pais escutem as demandas dos filhos e “entrem” no mundo deles, não balizando comportamentos.

“É importante valorizar cada questão e colocar sempre em pauta a importância de cuidar da saúde mental, de entender e saber manejar os sentimentos e, sempre que possível, cuidar da saúde mental com um profissional da área”.

O problema da culpa, segundo a pedagoga Dayane Uyara, da Secretaria de Inclusão Acadêmica e Acessibilidade da Ufes, é que ela pode fazer com que os pais adotem comportamentos extremos. “Alguns tornam-se permissivos, evitando dizer 'não' para não frustrar os filhos, enquanto outros se tornam superprotetores, tentando evitar qualquer sofrimento”.

Na análise do coordenador da pesquisa, o professor da UVV Fabrício Azevedo, hoje, a grande dificuldade dos pais é a sobrecarga de trabalho. “Isso faz com que esses pais tenham dificuldade de estar acompanhando o desenvolvimento do filho, as redes sociais, a escola e o desempenho desse filho”.

Orientação aos pais 

Para encontrar um equilíbrio saudável, os pais deve, segundo a pedagoga Dayane Uyra, aceitar que errar faz parte do processo e que não existe uma criação perfeita, definir limites claros e permitir que os filhos enfrentem desafios adequados à idade. 

Tempo de qualidade

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Para Regiane Nunes Gomes, o tempo de qualidade com os filhos é essencial para construir confiança, fortalecer o vínculo familiar e protegê-los emocionalmente. |  Foto: Fábio Nunes/AT

A psicanalista e terapeuta Regiane Nunes Gomes, 40, é mãe de Alice, 15, e Francisco, 13. Ela conta que os filhos já sofreram bullying na escola, na família e com amigos e toda a situação foi compartilhada com Regiane. “Um dos nossos acordos é que só eu e o pai vamos conseguir protegê-los, independente do que aconteça”.

“Hoje converso sobre tudo com eles, isso faz com que eles tenham confiança em mim. Tempo de qualidade é o melhor que posso oferecer, e esse tempo vem com atenção plena, escuta ativa, carinho, brincadeiras e muito amor”, afirma Regiane.

Amizade com as filhas

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Mary e Adriani Capeleti reforçam a importância do diálogo e da presença na criação das filhas, buscando equilíbrio entre amizade e autoridade. |  Foto: Acervo Pessoal

Mary Capeleti, 46, e Adriani Capeleti, 48, são pais de Adriely, 20, e Ana Flávia, 14. Eles acreditam que sempre terá algo que poderiam fazer a mais pelas filhas, e tentam sempre estar próximos das meninas. “Não forçamos intimidade, mas tentamos mostrar que somos amigos sem perder o respeito, porém mostrando que estamos aqui, sempre querendo o bem delas”.

A Pesquisa

Pais foram entrevistados pela internet

Metodologia

Como foi realizada

Elaborada em parceria com o Laboratório de Pesquisa da área de Humanas da UVV e A Tribuna, a pesquisa foi feita entre os dias 31 de março a 3 de abril.

Foram 294 pais entrevistados pela internet, sendo que 54,1% têm entre dois e três filhos; 38,4% têm apenas um filho; enquanto 7,5% têm mais de três. A maioria dos filhos dos entrevistados tem entre 10 e 15 anos (38,9%) e 5 e 10 anos (27%).

1. Você trabalha fora, em casa ou se dedica exclusivamente aos cuidados da família?

- 68,6% trabalha fora

- 17,7% trabalha em casa

- 13,7% dedico-me exclusivamente aos cuidados dos filhos

2. Como você descreveria a comunicação entre você e seu filho?

- Aberta: 10,2% 

- Relativamente boa: 66,7% 

- Difícil: 11,9% 

- Quase inexistente: 11,2%  

3. Você acha que seu filho se sente confortável para conversar com você sobre problemas e inseguranças?

- Sim: 40,8% 

- Não: 21,8% 

- Mais ou menos: 37,4% 

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