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Cidades

"Sinal Vermelho" ajuda a acelerar julgamentos por feminicídio em Pernambuco

Ferramenta criada em parceria com o TJPE permite que familiares acompanhem os processos e cobrem agilidade da Justiça


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Imagem ilustrativa da imagem "Sinal Vermelho" ajuda a acelerar julgamentos por feminicídio em Pernambuco
Maria Clara Adolfo de Souza, vítima de feminicídio |  Foto: Arquivo pessoal da vítima

Nos dois primeiros meses de 2025, Pernambuco contabilizou 18 feminicídios, conforme levantamento da Secretaria de Defesa Social (SDS).

O número, que já representa cerca de 23,4% do total de 77 casos registrados em todo o ano de 2024, acende um alerta para o aumento da violência letal contra mulheres no estado.

Para dar mais visibilidade aos casos e acelerar a busca por justiça, Pernambuco já conta há cerca de um ano com a plataforma "Sinal Vermelho".

A ferramenta online permite que familiares e amigos de vítimas de feminicídio acompanhem o andamento de ações judiciais e cobrem celeridade nos julgamentos.

A iniciativa busca fortalecer a luta contra a impunidade e garantir que os crimes sejam julgados com a urgência necessária. 

O SINAL VERMELHO

Para dar mais transparência aos processos e ajudar quem espera por justiça, foi criada a plataforma Sinal Vermelho, uma ferramenta que permite acompanhar o andamento de ações judiciais relacionadas a feminicídios e cobrar celeridade nos julgamentos.

A iniciativa do Sinal Vermelho surgiu em 2024, fruto de uma parceria entre o Centro Universitário Maurício de Nassau, o Instituto Banco Vermelho e o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Familiares e amigos das vítimas podem registrar os casos pelo site da plataforma, preenchendo informações como número do processo, nome da vítima, ano do feminicídio e nome de quem está cadastrando.

50% DOS CASOS RECEBIDOS PELA PLATAFORMA FORAM JULGADOS

Cada processo é classificado por cores, de acordo com o tempo de espera pelo julgamento:

“Eu tenho um sinal vermelho, que são aqueles casos de feminicídio com mais de cinco anos, ou seja, o agressor está livre e ainda não foi julgado. Tenho aqueles casos de mais do que um ano e menos do que cinco anos, que a gente coloca como sinal amarelo. E tenho um sinal branco, que são os casos com menos de um ano”, explica Hesdras Viana, orientador da plataforma.

A gerente de governança ambiental da iniciativa, Adriana Mendes, afirma que a plataforma já apresenta resultados:

“Em um ano de criação, a plataforma contabiliza o julgamento de 50% dos casos cadastrados. Cadastrem os casos. Lá vocês vão entrar com os dados não só do processo, mas também com o nome da vítima. A pessoa que vai se cadastrar precisa se identificar. E esse caso vai diretamente para o farol do TJPE.”

POLICIAL SERÁ JULGADO ESTE MÊS

Um dos processos que será julgado em breve é o de Maria Clara Adolfo de Souza, técnica de enfermagem de 21 anos, assassinada em julho do ano passado no bairro do Socorro, em Jaboatão dos Guararapes.

Ela estava grávida e foi morta a tiros pelo ex-namorado, o policial militar João Gabriel Tenório, que está preso. O julgamento dele está previsto para este mês. A data ainda não foi divulgada pelas autoridades.

A mãe de Maria Clara, Simone Ferreira, ainda busca forças para seguir:

“Que a justiça seja feita de verdade, porque Maria Clara não merecia isso. Era uma menina muito meiga, esforçada, trabalhadora, estava grávida. E esse monstro fez isso com ela, só por causa da gravidez dela.”

Para cadastrar um caso ou saber mais sobre a iniciativa, acesse o site da plataforma: https://sinalvermelho.uninassau.edu.br/

O QUE DIZ A SDS SOBRE 2025

A Secretaria de Defesa Social (SDS), por meio da Gerência Geral de Análise Criminal e Estatística (GGace), divulgou nesta [dia da semana] que 18 casos de feminicídio foram registrados em Pernambuco nos dois primeiros meses de 2025.

A Polícia Civil do estado demonstrou alta eficiência na elucidação desses crimes, resolvendo 16 dos 18 casos, o que representa uma taxa de resolubilidade de 88,9%.

No tocante aos 12 meses de 2024, 75 dos 77 casos de feminicídios no Estado foram elucidados, ou sejam 97,4% das ocorrências.

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