X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta? Faça o login

Login

ATENÇÃO

Para sua segurança, a partir do dia 24/06, o acesso ao portal TRIBUNA ONLINE, ao CLUBE DE VANTAGENS e ao APP A TRIBUNA DIGITAL será feito usando o seu e-mail como login e o seu CPF ou CNPJ como senha. Dúvidas: Whatsapp para 27 99583-2597 ou ligue pelo 27 3323-6333.

Whats SUPORTE AO ASSINANTE

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

logo do clube de vantagens em 4k

Confirme alguns dados para seu primeiro acesso ao clube de vantagens:

Brasil

WhatsApp Icone Facebook Icone Twitter Icone

Aumento de bactérias super-resistentes é registrado em hospitais brasileiros, aponta estudo

foto autor
Estadão Conteúdo
02/08/2024 - 17:36

Ouvir

Escute essa reportagem

Um novo estudo da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (Afip) detectou o aumento da presença de microrganismos super-resistentes a antibióticos em pacientes de hospitais brasileiros.

Das 71.064 amostras coletadas nas unidades de saúde em 2023, 6,5% testaram positivo para as bactérias pesquisadas. Em 2022, quando foram avaliadas 58.065 culturas de vigilância, a taxa de positividade foi de 6%, segundo o levantamento, apresentado nesta semana no congresso da Associação para Diagnósticos e Medicina Laboratorial (ADLM, na sigla em inglês), em Chicago.

A pesquisa também revelou uma mudança entre os microrganismos mais comuns. Em 2022, entre as amostras positivas, espécies do gênero Klebsiella representaram 60,5%, seguidas por bactérias dos gêneros Enterococcus (16%) e Acinetobacter (13,6%). Já em 2023, espécies de Klebsiella corresponderam a 53,1% das amostras positivas. Em seguida, vieram Acinetobacter (24,1%) e Enterococcus (10%).

"O Acinetobacter baumannii não era o segundo patógeno mais recorrente, ele era o quarto ou quinto", afirma Jussimara Monteiro, gerente do Núcleo de Apoio ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Afip e líder do estudo. Em 2020, por exemplo, o gênero correspondia a 4,3% das amostras com microrganismos resistentes.

Segundo Monteiro, a mudança pode estar relacionada ao uso indiscriminado de antibióticos durante a pandemia, quando medicamentos como a azitromicina foram incorporados ao "kit covid" e recomendados a pacientes independentemente da presença de infecção bacteriana. Faltam, porém, mais estudos para corroborar essa hipótese.

'Base do iceberg'

Popularmente chamados de super bactérias, esses microrganismos são resistentes a três ou mais classes de antibióticos. Por isso, causam infecções mais difíceis de serem controladas. Monteiro afirma, no entanto, que os resultados não são motivo para alarde, pois não tratam da incidência de infecções por superbactérias, e sim da colonização por esses microrganismos resistentes.

Em outras palavras, eles estão presentes no organismo de pacientes dentro do ambiente hospitalar, mas não necessariamente causando um quadro infeccioso. É como se estivéssemos olhando para a base de um iceberg e não para o cume, que seriam as infecções de fato, exemplifica a pesquisadora.

Para ela, o mapeamento feito nos hospitais brasileiros fornece dados para a cultura de vigilância no País, que consiste em entender a dinâmica de colonização desses microrganismos e elaborar um conjunto de instruções a serem seguidas para cortar o ciclo de reprodução. Com isso, é possível evitar que a colonização evolua para infecções.

Entre as medidas cabíveis estão a coleta periódica de amostras de pacientes em situação de risco e o isolamento daqueles com resultados positivos para algum microrganismo resistente. "Tem hospital que é porta fechada, que só recebe paciente que vem de outros hospitais. Ele já faz uma cultura de vigilância na hora em que o paciente entra, para saber se ele está carregando alguma bactéria muito resistente", afirma.

No Brasil, o projeto BR-Glass, do Ministério da Saúde, recebe as informações sobre bactérias resistentes a antibióticos recolhidas pelos hospitais. O BR-Glass integra uma outra plataforma de vigilância, a Global Antimicrobial Resistance Surveillance System.

Alerta da OMS

Na última quinta-feira, 1, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado sobre a situação global de uma bactéria específica, a Klebsiella pneumoniae hipervirulenta, assim chamada por ser mais agressiva do que outras da mesma espécie.

O documento mapeia as regiões e países em que a bactéria foi encontrada. Dos 43 países que forneceram informações para a OMS, 16 relataram a presença do microrganismo - o Brasil não está entre eles.

Receba notícias pelo Telegram Receba notícias pelo Telegram
Receba notícias pelo Whatsapp Receba notícias pelo Whatsapp
google-news-icone

Siga-nos no Google Notícias

Siga-nos no Google Notícias

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes. Leia e comente! Já é assinante? Acesse para fazer login
Assinar Assine A Tribuna por apenas R$0,33/dia acesse todo conteúdo do portal, participe de sorteios especiais, faça parte do Clube de Vantagens com descontos em vários estabelecimentos.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso