Empresário chinês é extorquido, no Recife, após dar calote em garota de programa
Ele contou ter sido espancado por travestis em motel da Zona Sul da Capital
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Um empresário chinês foi espancado e se tornou vítima de extorsão em um quarto de motel na Imbiribeira, bairro da Zona Sul do Recife. Detalhes do caso foram revelados pela Polícia Civil nesta segunda-feira (6).
Ele teria contratado uma garota de programa e, em seguida, foi abordado por três travestis, sendo obrigado a transferir R$ 14 mil via pix. O nome e a idade do empresário não foram revelados.
Em seu depoimento à Polícia Civil, conforme relatado pelo delegado Ney Rodrigues, as travestis afirmaram que o homem se recusou a pagar pelos serviços da prostituta. No entanto, a garota de programa ainda não foi encontrada, assim como uma terceira travesti que teria participado da cena de violência.
"Ele teria contratado o serviço de uma garota de programa, e essas três travestis apareceram no local, espancaram e o agrediram severamente. Ele quase chegou a desmaiar e foi socorrido por funcionários do estabelecimento após esses ataques", declarou o delegado.
De acordo com Ney Rodrigues, inicialmente, a vítima não mencionou o incidente no motel. Ele apenas afirmou que teve o celular roubado e que estavam sendo feitas transferências pelo aparelho. Posteriormente, após a prisão, ele forneceu mais detalhes.
"As investigações só revelaram as circunstâncias em que essas fases ocorreram após a delegacia iniciar a investigação. A vítima inicialmente procurou nossa unidade policial, relatando um crime de furto. Segundo ele, o autor estaria realizando o pix com esse aparelho. Com o rastreamento do celular e os dados dos destinatários desse pix, acabamos identificando as autoras", disse.
As duas travestis foram localizadas no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife. Ambas confessaram ter participado do crime e parte do dinheiro roubado foi recuperado. Elas foram autuadas em flagrante por roubo com restrição da liberdade da vítima.
"As investigações continuam para identificar essa mulher e também a participação de uma terceira travesti. Pela forma como o crime ocorreu, acreditamos que se trata de uma associação criminosa especializada nesse tipo de delito", afirmou o delegado em entrevista ao repórter Carlos Simões, da TV Tribuna PE.
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