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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Beleza das festas juninas

| 07/06/2022, 11:19 h | Atualizado em 07/06/2022, 11:19

Junho é o mês das Festas Juninas, lembrando três santos em suas datas: 13, Dia de Santo Antônio, 24, Dia de São João e 29, Dia de São Pedro. As tradicionais festividades populares estão descaracterizadas!

 Não é saudosismo, ou “no meu tempo era melhor”, mas pela beleza das apresentações, atraindo as famílias para assistir, pelo excelente espetáculo. Alguns também para, orgulhosos, presenciarem seus filhos improvisados de atores.

Santo Antônio é festejado na data de seu falecimento. É o popular “Santo Casamenteiro”. O Dia dos Namorados é em 12 de junho por ser véspera de sua festa. Na crendice popular, nesta data quem deseja se casar ou namorar faz orações e simpatias para o Santo. Funciona! Eu era criança, morava em Santo Antônio, via vizinha se despedindo do esposo, que ia trabalhar. Ela falou comigo que fez simpatias e orações, pouco tempo depois se casou com o amado.

São João Batista, primo de Jesus Cristo (foi por ele batizado às margens do rio Jordão). Nasceu na Judeia no ano 2 a.C. Vivendo como nômade, tornou-se popular e, pregando, conseguiu que as pessoas aceitassem' o batismo. É considerado o “Santo Festeiro”.

São Pedro é comemorado na data de seu falecimento. Apóstolo de Cristo e pescador, é padroeiro dos pescadores.  Anualmente, em Vitória é realizada a Procissão Marítima de São Pedro, encerrando com a bênção dos anzóis.

De 1951 a 1961 morei no bairro de Santo Antônio. Os padres pavonianos (italianos) estavam construindo o Santuário, hoje Basílica de Santo Antônio, pois com o excelente trabalho dos padres a Igreja Matriz já era pequena para o elevado número de fiéis.

Em junho, a banda criada pelos padres, celebrava os três santos,  alegrando a todos. O ponto alto era Santo Antônio. Havia a trezena e, dia 13, a procissão. Depois a festa, sendo a quadrilha a atração principal. Antes, o casamento na roça: a noiva, grávida, vinha de carroça, o noivo escoltado pelo pai da noiva com uma espingarda. Tinha fogueira, fogos, forró, rifa, pau de sebo, barracas com quentão, licor, canjica, pamonha, casinha do coelho etc.

Outra importante atração, o leilão com Hélio Afonso. Moradores davam objetos para serem leiloados. Meu pai possuía uma pequena criação de cabritos, dava um, arrematava e devolvia para ser novamente leiloado. Outros também assim procediam. Anos depois, Hélio teve  problemas de saúde, Máximo Costa passou a ser o leiloeiro.

Na quadrilha, todos caracterizados, com chapéu de palha, camisa quadriculada de manga cumprida e calça remendada, música caipira, os casais participantes obedecendo ao comando do puxador.

Além da contribuição mensal dos fiéis, a renda das festas juninas era investida na construção do Santuário. Bairro pacato, a delegacia era uma casinha em frente à Igreja Matriz. Quando me mudei do bairro, meu pai era capitão da Polícia Militar (foi a coronel) e o delegado era Raulino Rodrigues da Rocha. Os padres voltaram para a Itália, não há mais festa junina, eu agora sou idoso, jamais esqueço o bairro, os amigos e as festividades.

ALDO JOSÉ BARROCA é escritor.

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