Estudos confirmam que a fé ajuda a ter mais saúde
Uma das pesquisas atestou que ir à igreja ao menos uma vez por semana pode reduzir a mortalidade de 20% a 30% em até 15 anos
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Há mais de um século, o canadense William Osler, pensador da medicina moderna, disse uma frase inspiradora: “A fé despeja uma inesgotável torrente de energia”. Contudo, até muito recentemente, medicina e espiritualidade não conversavam.
Hoje, nove em cada 10 universidades médicas nos Estados Unidos incluíram na grade curricular o tema espiritualidade e saúde.
No Brasil, os benefícios da fé são estudados desde a década de 80 e a Organização Mundial da Saúde atesta que a fé influencia na saúde física, mental e biológica.
Um estudo realizado na Universidade de São Paulo mostrou que a fé fortalece pacientes que lutam contra o câncer. Nos Estados Unidos, uma pesquisa comprovou que pacientes que usam práticas religiosas apresentaram 40% menos chances de sofrerem depressão durante o tratamento não apenas do câncer, mas das doenças em geral.
Para o cardiologista José Vitélio, a espiritualidade proporciona sentimentos que são benéficos à saúde vascular.

“Existem fortes evidências de que nossas emoções podem prevenir doenças do coração. Sentimentos como perdão, gratidão e empatia produzem e liberam substâncias antiestresse, como serotoninas e endorfinas, que são benéficas à saúde”, relata o médico.
Além disso, a fé também traz outros benefícios que auxiliam os pacientes durante momentos difíceis. É o que afirma o neurologista Daniel Escobar. “A fé pode ser benéfica para os pacientes em dois sentidos. Primeiro, no processo de aceitação de doenças, melhorando a qualidade de vida e a forma como o paciente enxerga a doença”.
“O segundo ponto é que a fé pode influenciar também na forma como a doença evolui. Isso porque ocorre uma alteração do fluxo hormonal e melhora do sistema imune. Pacientes com mais fé podem ter um desfecho mais positivo”.
São cada vez mais numerosos os estudos científicos que mostram os efeitos benéficos da prática religiosa e da espiritualidade na saúde. E o psicólogo José Raimundo Gomes ressalta que, da mesma forma que o corpo físico precisa de exercício, a alma também tem essa necessidade.
Câncer raríssimo

A microempresária e estudante de biomedicina Fernanda Helmes, de 43 anos, recebeu o diagnóstico de um câncer raríssimo em 2019. Segundo ela, o prognóstico não era bom. “Tudo poderia dar errado nas cirurgias. Esse foi o momento de exercer a minha fé, a mesma fé que a minha mãe ensinou”.
Fernanda conta que a mãe, Maria Rosa do Carmo, faleceu de câncer de mama. Ela ressalta que a fé foi fundamental para superar o próprio diagnóstico. “Eu queria sobreviver para continuar com o projeto social que faço na Santa Casa e estudar para me tornar médica oncologista”.
Gratidão a Nossa Senhora

O representante comercial Luiz Gabriel Gomes de Oliveira é carioca, mas chegou no Espírito Santo há 35 anos e constituiu uma família. Casou com Patrícia Karla, teve duas filhas: Gabriela, que casou com Janderson e teve o Bento, de 2 anos, e Maria Luiza.
Ele afirma que deve a Nossa Senhora da Penha a própria vida. “Em outubro de 2021, me contaminei com a covid-19 e fiquei com 45% do pulmão comprometido. Não consegui me internar no hospital. Mas, naquele momento, eu senti Nossa Senhora intercedendo por mim”.
Ajuda de Deus

O gerente de loja Luciano Campista da Silva é casado com Larissa, além de ser pai do Gabriel, de 26 anos. Em 2011 eles passaram por uma perda familiar, quando o outro filho do casal, Daniel, de 9 anos, faleceu vítima de um câncer no dorso da vértebra.
Luciano revela que a dor naquele momento era indescritível. “Não consigo expressar tamanha dor no meu peito. Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo”.
Ele afirma que Deus foi o responsável por ajudá-lo a continuar. “Ao olhar para minha casa, vi que minha missão não tinha acabado, pois minha esposa e filho precisavam muito de mim”.
“Jesus falou comigo”

A missionária e escritora cristã Sandra Wight descobriu, em 2018, um câncer de intestino em estágio 3 e, após isso, afirma ter vivido experiências sobrenaturais com Jesus e com a visita de um anjo.
“Depois do meu diagnóstico, Jesus falou comigo. Eu ouvi ele dizendo que aquela doença não seria responsável pela minha morte”.
Depois dessa experiência, Sandra revela ter sido curada. “A fé desenvolve e cura as pessoas. Agora eu dou testemunhos em igrejas e também escrevi um livro”.
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