Hipermercado de Vitória coloca alarme antifurto na picanha
Estabelecimento tomou a iniciativa após o aumento nos casos de furto deste tipo de carne, que custa cerca de R$ 100 o quilo
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Um hipermercado em Vitória adotou um sistema de alarme para evitar furtos de peças de picanha. A prática tem sido adotada por toda a rede, que diariamente tem ocorrências de furto deste tipo de carne.
O preço do quilo da picanha nesta unidade específica custa R$ 98,98 em promoção atual. Mas chegava a custar R$ 112,38. As demais carnes da rede não têm o sistema antifurto.

Segundo um funcionário do hipermercado, que preferiu não se identificar, a prática é comum em todas as lojas em razão da grande quantidade de prejuízo financeiro tido com o furto do produto.
“Picanha é uma carne cara. Sempre tem alguém de olho nela, rodeando. Sempre tivemos muitos casos de furto e adotamos o alarme para diminuir isso”, afirmou.
Ainda segundo o funcionário, apesar da medida, a rede registra furtos de peças de picanha de forma recorrente.
“Dão um jeito de tirar o alarme. E é algo muito complicado, porque não podemos revistar nenhum cliente sem ter certeza do furto, isso dificulta. O alarme acaba dando um respaldo maior”, pondera.
A Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) foi procurada pela reportagem para comentar sobre o caso, mas, até a publicação da matéria, não houve retorno.
A prática de roubo e furto de carnes é algo comum na Grande Vitória. Em março, uma dupla foi presa em um supermercado do bairro Santa Martha, em Vitória, após roubarem picanha. Na ocasião, os criminosos disseram que usariam a carne para fazer um churrasco para moradores de rua.
Conforme informações da administração da rede, a dupla entrou no supermercado se passando por clientes e roubou uma peça de picanha, que no estabelecimento custa R$ 114 o quilo.
Apesar da tentativa de saírem da loja, foram abordados e em seguida presos e autuados por furto.
A carne bovina teve aumento de 146% nos últimos dois anos, o que representa uma diferença de 133% em relação à inflação. Isso se refletiu tanto nos preços de cortes mais nobres como em carnes de segunda qualidade.
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