Barbearia dentro de banca de jornal faz sucesso
Com seis anos de experiência como barbeiro, empresário já foi gesseiro antes de ousar no novo projeto
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Com atmosfera acolhedora e design moderno, uma barbearia em Santa Luíza, Vitória, ousa em projeto único: oferecer os serviços de beleza dentro de uma banca de jornal. A ideia do barbeiro Johnny Henrique Andrade Vieira, 28 anos, foi implementada há um mês e já faz sucesso no bairro.
Internet wi-fi, assistente virtual, smart TV, paredes de vidro, ambiente climatizado, micro-ondas e um deque de recepção ao cliente com proteção ao sol do fim da tarde. O espaço poderia descrever uma barbearia em uma loja de rua, mas toda a adaptação foi feita na banca de jornal.
Com seis anos de experiência como barbeiro, o empresário já foi gesseiro em uma empresa de construção civil e aproveitou as habilidades na área para a economizar na reforma e decoração da banca. Além dos cortes de cabelo e de barba, ele vende o jornal A Tribuna, revistas de palavras cruzadas e quadrinhos, entre outras.
“Um cliente era o proprietário da banca e me ofereceu o espaço, que estava parado havia um tempo, por causa da pandemia. Busquei um advogado e assumi a banca na prefeitura. Ela fica em um local estratégico, com fácil acesso e muita visibilidade. Todos ficam curiosos e surpresos com o projeto”, conta.
Diariamente, segundo ele, a vizinhança vai à banca em busca do jornal A Tribuna e conversa sobre todo o projeto. Para ajudar no atendimento, Johnny conta com o apoio de seu primo, o barbeiro Natanael Chapéu, 34.
Johnny Henrique Vieira barbeiro “Agora, eu me encontrei”
A ideia visionária do barbeiro Johnny Henrique Andrade Vieira, de 28 anos, partiu do sonho de gerir o próprio negócio. De família humilde, ele conta que todos em sua casa tinham um destino: trabalhar na construção civil. Agora, a criatividade do empresário, natural de Vila Velha, inspira a todos e prova que é possível inovar e fazer sucesso.
A tribuna – Sempre teve esse espírito empreendedor?
Johnny Henrique vieira – Eu mudei de profissão por conta da crise na construção civil, em 2015. Trabalhei como barbeiro durante anos em Vila Velha e em Vitória, mas sempre tive o sonho de ter o meu negócio. Tentei uma empresa de gesso antes e deu errado. Agora, eu me encontrei.
Teve alguma inspiração?
Na verdade, não há outras barbearias em bancas de jornal no Estado. Minha inspiração veio mais de observar projetos em espaços compactos, na internet.
Eu nem me dei conta da proposta ousada que tive. Quando vi tudo pronto e recebi elogios de clientes e frequentadores do bairro, percebi o que fiz.
O que os clientes mais buscam?
Muitos procuram o jornal A Tribuna, gibis, caça-palavras e revistas de decoração. Na barbearia, atendo principalmente clientes acima de 30 anos, mas também aparecem crianças.
Como foi o processo de adaptação da banca?
Foi muito louco. Alguns dos grandes desafios foram criar um sistema hidráulico para o acesso à água e administrar o espaço para acomodar os clientes e incluir duas cadeiras.
O que espera do negócio?
Peguei um empréstimo para investir no empreendimento e, embora tenha apenas um mês de funcionamento, muitos clientes ficam satisfeitos e se surpreendem com a proposta.
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