Vizinho de comunidade candomblé fura pneu de oito carros de religiosos e é preso
Aposentado foi preso por intolerância religiosa após dar prejuízo de R$ 5 mil a fiéis de um templo de candomblé na Serra
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Um aposentado, de 44 anos, foi preso acusado de ter atacado policiais militares com socos e chutes e de ter perturbado a prática religiosa de um templo de candomblé, do bairro Costabella, na Serra, na tarde de ontem.
O babalorixá Rodrigo De Ògun, de 44 anos, foi uma das vítimas. Ele explicou que o acusado furou e danificou pneus de oito carros, sendo que quatro pessoas foram até a delegacia prestar queixa. O prejuízo estimado é de R$ 5 mil.
“Estávamos dentro do terreiro e uma das fiéis chegou ofegante e, por coincidência, um dos nossos babalorixás estava saindo para levar nossas oferendas nos devidos lugares, quando ele escutou barulho de pneu esvaziando e viu um rapaz correndo com uma faca na mão”, explicou Rodrigo.
Ele explicou ainda que, após o flagrante do babalorixá, os fiéis perceberam que o acusado tinha furado o pneu de todos os carros estacionados no local e, em seguida, corrido atrás da mulher com a faca na mão.
Uma outra vítima que estava na culto religioso, Josimar Grippa, explicou que uma vizinha, que não pertence à comunidade, também foi alvo do aposentado preso.
“Ela estava indo ao médico para uma consulta quando foi agredida e teve o aparelho que monitora o mapa (cardiológico) quebrado”.

Prisão
Quando militares chegaram ao local, o homem, segundo a nota da PM, estaria alterado, em posse de uma faca, danificando os carros estacionados na frente da comunidade. “Ao ser abordado, atacou a equipe com socos e chutes, sendo necessário uso de força progressiva para imobilizá-lo”, diz a nota.
Após a abordagem, o homem foi detido e encaminhado à Delegacia Regional da Serra. Lá, ele foi autuado em flagrante pelos crimes de dano qualificado, resistência policial e perturbação de cerimônia ou prática religiosa. Hoje, será encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
De acordo com Rodrigo De Ògun, a comunidade está no bairro há mais de 20 anos e quando chegou ao local não havia vizinhos. “Ele é vizinho de muro e essa não é a primeira vez que somos atacados. Lamentamos que isso aconteça, mas quando chegou ao extremo, resolvemos tomar uma atitude para que as providências fossem tomadas”.
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