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Cidades

Veja quais são os erros na cozinha que afetam a saúde

Estudo da USP revela hábitos inadequados de higiene, manipulação e armazenamento dos alimentos que podem transmitir doenças


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Imagem ilustrativa da imagem Veja quais são os erros na cozinha que afetam a saúde
|  Foto: Freepik

Você tem o hábito de higienizar alimentos e guardá-los corretamente na geladeira? Um estudo feito por pesquisadores do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que uma parcela expressiva da população está mais exposta a doenças, por erros cometidos, na cozinha, quanto às práticas de higiene,  manipulação e armazenamento dos alimentos.   

A pesquisa foi realizada com 5 mil pessoas de todos os estados brasileiros, de  setembro de 2020 a abril deste ano. O coordenador da pesquisa e pesquisador do FoRC, Uelinton Manoel Pinto, explicou que o interesse pelo estudo surgiu após análises dos dados do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2018. 

“Os dados do Ministério da Saúde mostravam que a maioria dos surtos de origem alimentar acontecia nas residências, e quisemos saber como isso ocorria”, destaca.

Dentre os participantes, 46,3% disseram ter o hábito de lavar carnes na pia da cozinha, 24,1% costumam consumir carnes mal cozidas e 17,4% consomem ovos crus ou mal cozidos em maioneses caseiras e outros pratos.

“Lavar carnes, especialmente a de frango, na pia da cozinha pode espalhar potenciais patógenos no ambiente, representando uma prática de risco”, ressalta Uelinton Manoel Pinto, que também é  professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.

A gastroenterologista Renata Lugão explica que, para inativar os patógenos da carne, basta que elas sejam cozidas. “Isso também inclui o ovo, que precisa ser cozido ou frito”.

A médica explicou que, caso o indivíduo consuma ou manipule de forma incorreta os alimentos,  a pessoa pode  vir a  apresentar quadros de gastroenterite (infecção intestinal).

Renata Lugão lembrou ainda que, com a chegada do verão, a população deve estar atenta ao armazenamento do alimento. “Após cozido, o alimento não deve ficar por duas horas fora da geladeira”.

A nutricionista e colunista de A Tribuna Gabriela Rebello salientou que, por serem matérias orgânicas, os alimentos estragam com facilidade. “Alimentos como frutas, verduras e legumes necessitam de uma temperatura adequada de armazenamento, que é diferente dos alimentos de origem animal”.

PRODUTO PARA HIGIENIZAR OS ALIMENTOS

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|  Foto: Leone Iglesias/AT

A influenciadora digital Karla Caus, de 45 anos, tem uma rotina de cuidados com tudo que entra em sua casa, principalmente itens da alimentação. Karla Caus conta que faz a higienização dos produtos e de tudo que vem do mercado. Essa rotina é compartilhada com seus 55 mil seguidores no dia a dia.

“Compro uma solução própria para os alimentos e higienizo tudo. Aprendi essa rotina com minha mãe , que fazia a solução com água sanitária. O produto que compro já vem a solução preparada”.

Karla conta que higieniza até mesmo as verduras que serão cozidas. “Além disso, as comidas, depois de frias, vão todas para a geladeira em potes separados”, destaca.


SAIBA MAIS


Hábitos

  • 46,3% disseram ter o hábito de lavar carnes na pia da cozinha24,1% costumam consumir carnes malcozidas 17,4% consomem ovos crus ou malcozidos em maioneses caseiras e outros pratos.

Práticas de higienização de verduras

  • 31,3% costumam fazer a higienização apenas com água corrente 18,8% com água corrente e vinagre Higienização de frutas35,7% utilizam apenas água corrente 22,7% também detergente

A pesquisa

  • Pesquisadores  do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) da Universidade de São Paulo (USP) investigaram hábitos de higiene e práticas relativas à higienização, manipulação e armazenamento dos alimentos nas residências dos brasileiros.
  • Os resultados mostram que uma parcela expressiva da população adota medidas inadequadas, estando, portanto, mais exposta a doenças transmitidas por alimentos.
  • A pesquisa foi realizada com 5 mil pessoas de todos os estados do País  (a maioria mulheres entre 25 e 35 anos e com renda entre quatro e dez salários mínimos), entre setembro de 2020 e abril de 2021.
  • Ao fazer compras em supermercados, a maioria dos participantes (81%) não utiliza sacolas térmicas para transportar alimentos refrigerados ou congelados até suas casas.
  • Sobre sobras de alimentos, 11,2% dos participantes relataram armazená-las na geladeira passadas mais de 2 horas do preparo, o que representa risco à segurança dos alimentos.
  • Era comum  entre os participantes descongelar os alimentos em temperatura ambiente (39,5%) ou dentro de um recipiente com água (16,9%), o que também não é adequado, visto que os alimentos devem ser mantidos a uma temperatura segura durante o descongelamento, podendo ser realizado na geladeira ou no micro-ondas.
  • A maioria dos participantes (57,2%) relatou armazenar carnes na geladeira utilizando a própria embalagem que contém o produto. Isso deve ser evitado para não contaminar outros alimentos.

Riscos

  • Lavar carnes e consumir alimentos mal cozidos
  • Lavar carnes,  especialmente a de frango, na pia da cozinha pode espalhar potenciais patógenos no ambiente.
  • O consumo de alimentos de origem animal mal cozidos ou crus também apresenta risco microbiológico, já que o recomendado é cozinhar o alimento a uma temperatura mínima de 74ºC para garantir a inativação de patógenos que podem estar presente no produto cru.

Higienização

  • Para a higienização  de verduras, legumes e frutas que serão consumidos crus a recomendação é lavar com água corrente e utilizar uma solução clorada com um tempo de contato mínimo de 10 minutos, seguido de novo enxágue em água corrente.  Vegetais que serão cozidos  não precisam passar pela desinfecção em solução clorada.

Comidas fora da geladeira

  • Não é recomendado deixar alimentos prontos por mais de duas horas sem refrigeração, visto que a temperatura ambiente favorece o crescimento microbiano.

Fonte: Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) e Agência Fapesp.

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