Acidentes na convivência entre ciclistas e pedestres
Jovem de 21 anos, que estava de bicicleta, perdeu o controle e atropelou oito pessoas, sendo cinco mulheres, em São Pedro, Vitória
Escute essa reportagem

Pedestres e ciclistas são as principais vítimas de acidentes de trânsito no País. Somente no Espírito Santo, 106 pessoas morreram atropeladas, de janeiro a outubro, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
Os acidentes menos graves, envolvendo bicicletas, também chamam a atenção: segundo a Confederação Nacional de Trânsito (CNT), 105 registros foram feitos.
Embora todos eles tenham ocorrido em rodovias federais, esses atritos que envolvem pedestres, ciclistas e veículos maiores também chegam até as avenidas mais movimentadas da Grande Vitória e, muitas vezes, geram até brigas.
“As pessoas não possuem disciplina quando estão se deslocando com qualquer tipo de veículo. Todos os dias, temos algum tipo de atrito, inclusive, entre ciclistas e pedestres. Todos eles poderiam ser evitados se cada um dos envolvidos tivessem uma boa convivência no trânsito”, afirma o especialista em Trânsito Josimar Amaral.
No início da manhã de ontem, um ciclista de 21 anos, que seguia pela rodovia Serafim Derenzi, na altura do bairro São Pedro, em Vitória, perdeu o controle da direção em uma descida e acabou atingindo oito pessoas, entre elas, cinco mulheres que estavam em um ponto de ônibus.
De acordo com testemunhas, o jovem estava em alta velocidade e, ao tentar acionar o freio da bicicleta, ele não funcionou.
As vítimas, inclusive o ciclista, foram socorridas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros.
Ex-presidente da Federação Espírito Santense de Ciclismo, Sandro de Oliveira acredita que a educação no trânsito é o único caminho para que acidentes como esse não aconteçam.
“Tudo é questão de conscientização. Isso é válido para o motorista que avança o sinal, o ciclista que provoca um acidente porque não fez uma vistoria na bike, e para o pedestre que passa por uma ciclovia e não dá passagem ao ciclista”, disse.
Usuária de bicicleta como meio de transporte, Josenilda de Jesus Almeida, de 44 anos, concorda que falta conscientização.
“Muitos pedestres entram na minha frente do nada, e, quando eu buzino, falta pouco me baterem”, conta Josenilda.
Comentários