Novidades para ajudar quem tem baixa visão
Óculos fortes mais leves e finos, colocação de filtros medicinais nas lentes e recursos visuais, como lupas, estão entre elas
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Você sabia que cerca de 4 milhões de pessoas no País têm apenas 20% da visão nos dois olhos? Os dados são do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. A chamada visão subnormal ou baixa visão ocorre quando há uma grande perda da capacidade de enxergar. Eles não são considerados cegos e médicos juntamente com o ramo ótico têm desenvolvido tecnologias e terapias capazes de dar uma boa qualidade de vida a esses pacientes.
Segundo a médica oftalmologista Suzana Vereza, as principais causas de baixa visão são degeneração macular relacionada à idade, retinopatia diabética e glaucoma.
“Os principais acometidos são os idosos. Todas as três doenças podem ter efeitos menores na visão quando acompanhadas anualmente por um oftalmologista”.
Quando há o diagnóstico de baixa visão, oftalmologistas, terapeutas ocupacionais e óticas trabalham em conjunto com o objetivo da inclusão social da pessoa.
Segundo a empresária Mônica Paiva, CEO das Óticas Cachoeiro, há muitas novidades para ajudar esses pacientes, como óculos fortes mais leves e finos, colocação de filtros medicinais nas lentes e recursos visuais, como lupas.
“É importante lembrar que a legislação brasileira proíbe a discriminação para admissão e remuneração da pessoa com deficiência visual e ainda garante uma porcentagem de vagas de emprego para pessoas com deficiência”, alerta Mônica Paiva.

Uma história de superação é do advogado e servidor público João Estevão Silveira Filho, de 43 anos, que tem uma deficiência degenerativa da retina, chamada retinose pigmentar. Sua perda de visão foi gradativa, começando aos 7 anos, e ele conseguiu cursar Direito, fazer pós-graduação e atualmente é servidor público e dá palestras no País inteiro sobre acessibilidade.
“Na faculdade de Direito eu usava lupa e na pós-graduação usei uma lupa eletrônica, mas aos 30 anos perdi bastante minha visão de foco. Comecei a usar sistema de voz em computador e leitor de tela para celular, aprendi braile e hoje minha visão é bem embaçada, como se estivesse numa sauna”.

Mesmo assim, João segue sua vida, palestrando para empresas e órgãos públicos sobre a necessidade da inclusão e da acessibilidade.